Onde está a ética?
Hoje é um dia singular, dia de eleições, no qual nós, cidadãos comuns, tentamos escolher governantes mais éticos, mais justos e honestos. Clamamos por uma vida com menos corrupção, menos violência, mais educação e segurança. Após muito tempo de luta para conseguirmos esse direito, ainda tememos pelas nossas próprias decisões. Nunca sabemos claramente quem irá nos governar, apenas torcemos para que não nos arrependamos depois.
Coincidência ou não, neste mesmo dia, leio a publicação da ‘rescisão de contrato’ do nosso ex-técnico Carpegiani. Confesso que quando ele foi contratado, não ‘botei fé’. Mas com o tempo, o jeito meio ‘xerifão’, e principalmente os resultados, foram me fazendo mudar de ideia. Não foi o ‘voto na urna’, mas o voto de confiança de boa parte da nação atleticana. Quando me deparei com essa notícia, após um bom resultado contra o Cruzeiro, questionei-me sobre o seguinte: Onde está a ética? Não só dele, Carpegiani, mas, principalmente, da equipe do São Paulo…mais uma vez o São Paulo, o time mais inescrupuloso do futebol nacional, faltará espaço nessa coluna para enumerar os vários assédios, armações e rasteiras de bastidores que essa agremiação causou nesses últimos anos.
Vão dizer que isso é cultural no Brasil, a dança dos técnicos, a busca por resultados, etc, etc… O que deveria ser cultural em nosso país é a ética, o escrúpulo, a moral, o compromisso. Mas acho que isso é querer demais quando o assunto é uma porção de ‘dólares’ a mais.
Não gostaria de falar no nosso maior rival nesta coluna, mas tenho que dar os parabens ao técnico Nei Franco (aquele que o Atlético ‘chutou’ há alguns anos). Ele foi assediado por diversos clubes, com as mais tentadoras propostas financeiras. O que ele fez? Recusou-as em nome do clube em que atua. Inclusive o comando da seleção de base do Brasil teve que aguardar o fim do contrato de trabalho. Isso é um exemplo que deveria ser seguido!
Como bom e FIEL atleticano, continuarei torcendo para que nossos objetivos sejam alcançados nesse e nos próximos anos, mas ainda com um profundo desgosto pelas ‘coisas do futebol’.