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16 out 2010 - 23h01

Ao Tio Valmor

Concluí as linhas a seguir antes mesmo de batizá-las. E foi justamente aí que encontrei certa dificuldade, na tentativa de lhe dar uma boa ‘cara’ através de poucas palavras. Mas felizmente, depois de alguns minutos, a idéia veio à tona, a me parece que o então surgido título me leva perfeitamente aonde quero chegar.

Dispensa qualquer tipo de explicação a revolução de 1995 no nosso Atlético. E ninguém, em sã consciência, nega a importância daqueles que comandaram a mesma. Contudo, há uns cinco, seis anos, alguns senhores tentaram transformar em definitivo o Furacão num mero balcão de negócios. Tivemos de engolir “sapos” como o ‘C.A.Paranaense’ veiculado à pretensão que alguns tinham de nos re-nomear, e pasmem, o afastamento (voluntário ou à força) dos verdadeiros atleticanos que ainda permaneciam na direção do clube.

Entre fugas constantes de rebaixamentos que pareciam consumados, e um processo de afastamento entre o Atlético e a sua torcida, fato é que num belo dia, os mandatários do “C.A.Paranaense” pediram água. E o fizeram, covardemente, justamente quando caminhávamos para a podridão da Série B, em 2008. Marcos Malucelli foi então designado a assumir o leme da embarcação desgovernada, e, mais uma vez contando com o calor da sua fanática torcida, o Atlético conseguiu permanecer na elite do futebol brasileiro.

Aos poucos, este mesmo Malucelli foi realizando alguns ajustes dentro do clube, a fim de curar as feridas deixadas pela administração anterior. Diretoria e torcida voltaram a ter um contato mais estreito, a imprensa não mais sofria com restrições e retaliações de outrora, enfim, tudo parecia estar entrando nos eixos. Mas ainda faltava algo à administração do bem intencionado Malucelli: repatriar nomes de peso e real influência dentro do Clube Atlético Paranaense, para junto de si. Só que, ao contrário disto, acabou “pintando no pedaço” um paranista, que já havia falhado em missões anteriores, contratado a “peso de ouro” para o cargo de Diretor de Futebol. Deu no que deu.

Um mês depois de perdermos o Campeonato Paranaense para o famigerado Coritiba, em abril deste ano, aí veio a tacada mais lúcida e produtiva de toda a gestão de Marcos Malucelli até aqui: A acolhida a um verdadeiro atleticano em sua diretoria. Nos últimos dias de maio, Valmor Zimmerman voltava ao Atlético para tomar conta da Direção de Futebol, com o já citado “paranista” na retaguarda. E aí, “batata”: as engrenagens começaram a funcionar no Joaquim Américo. E vejam só, até mesmo o “paranista” passou a render melhor com a chegada de Valmor Zimmerman.

Depois de 5 anos, o atleticano volta a ver seu time galgar por uma campanha digna num Campeonato Brasileiro. Muitos creditam isto às invenções de Carpegiani. Outros preferem citar os bravos Neto e Paulo Baier. Eu, na minha modesta análise, insisto em relacionar o momento com o retorno desta tão importante figura chamada Valmor Zimmerman, a quem alguns destemperados ainda contestam face suas participações em diretorias atleticanas num tempo onde o nosso time era uma verdadeira “chave de cadeia”, quando era preciso, até mesmo, que gente como o Valmor – e sim, ele o fez – bancasse com o seu próprio dinheiro despesas básicas do clube.

Finalizo com o meu muito obrigado a Valmor Zimmerman, e tomo a liberdade para chamá-lo de “Tio Valmor” na cabeça deste singelo texto, por enxergá-lo, justamente, desta maneira: alguém que não medirá esforços para ver a satisfação dos seus mais de 1 milhão de sobrinhos que vestem vermelho e preto e que estão espalhados Mundo a fora. Valeu Valmor!



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