O atacante Rafael Moura não se abalou com as vaias e xingamentos da torcida atleticana durante o jogo deste sábado, na Arena da Baixada. Depois de vestir a camisa rubro-negra, o jogador voltou a Curitiba, desta vez para enfrentar o Atlético, defendendo o Goiás.
Durante o jogo, Rafael foi vaiado e criticado pela torcida. Em alguns momentos, foi chamado de “She-Ra”, uma brincadeira com o apelido de He-Man. Nem assim se demonstrou contrariado. Foi dele o gol de honra do Goiás, comemorado com pouca vibração – segundo consta, o atacante preferiu se concentrar em mandar um recado à avó, internada, pelas câmeras de televisão.
Ao final do jogo, Rafael Moura trocou sua camisa com a do goleiro Neto e foi questionado pela imprensa sobre a recepção negativa da torcida rubro-negra. “Normal. Passei muito bem aqui quando estive. Quem vem sempre na Arena tem essa recepção, mas a torcida daqui é maravilhosa”, elogiou.
Rafael Moura viveu uma relação de amor e ódio com a torcida atleticana. Por um lado, foi artilheiro do Campeonato Paranaense de 2009 e um dos principais jogadores na campanha do título estadual. No ano anterior, já havia tido participação decisiva na bem-sucedida luta para escapar do rebaixamento.
Por outro, viveu momentos polêmicos, como a péssima atuação contra o Fluminense, em que cometeu um pênalti estranho, os problemas de relacionamento com outros jogadores do elenco e as declarações provocativas à torcida. A passagem dele pelo Atlético acabou quando foi incluído em uma relação de jogadores afastados do elenco principal na reta final do Brasileiro do ano passado.
Um ano depois, Rafael Moura comparou os dois momentos do Atlético e destacou a boa fase vivida pelo clube. “Agora o Furacão tem voltado a ser o Furacão que era de antigamente. O Goiás precisava muito dessa vitória, infelizmente não conseguiu, e agora é pensar na Sul-Americana”, lamentou.