Quem diria que depois de tanto chiarem para o Nieto, seria ele o autor do único gol do jogo contra o Palmeiras e, revoltado, mandou calarem a boca os que, sem nenhuma razão, hostilizam os jogadores.

Quando vi o atacante argentino jogando pela primeira vez, ele despertou curiosidade e uma ponta de alegria em mim, pois achei que finalmente teríamos o atacante que precisávamos.

A sequência de erros me fez pensar que toda a esperança depositada nele seria em vão. Mas logo repensei: ‘o cara foi recém contratado e entrou apenas algumas vezes, mesmo errando um gol, vamos dar uma chance a ele’.

Pois bem, cá estamos e me parece que finalmente a torcida percebeu que o excesso de erros do Bruno Mineiro não ajuda em nada, levando-os a chiar quem merece. Meus parabéns ao Nieto e que continue assim (e que não seja vendido, por favor, pois ele tem potencial).

Apesar de toda a merecida festa neste dia maravilhoso, quente e sem chuva, existem detalhes que ainda me incomodam.

Primeiro, o fato do torcedor atleticano não cumprir com o papel dele: torcer. Ao invés disso, ele vai à Arena para hostilizar.

Aparece uma notícia de que o Netinho irá atuar como titular, e pronto, isso é o suficiente para serem criadas especulações ruins para o jogo que nem ao menos foi iniciado. Agora estou ouvindo que o jogador irá sair do elenco atleticano.

Eu tenho quase certeza de que o meio-campista irá deixar o Atlético, mesmo não querendo, começará a jogar por um outro time, irá alavancar sua carreira e a torcida irá hostilizar o jogador não querendo saber se ele se sacrificou pelo time.

Resumindo em poucas palavras, o cara sai, joga bem em outro time e é hostilizado pela mesma torcida que o chiava quando jogava no time rubro-negro paranaense.

Isso se aplica ao nosso técnico Sérgio Soares que entra no comando do time faz 5 jogos, ganhando 1, empatando 2 e perdendo 2, e já é atacado pela torcida (desta vez não dentro do estádio) que pouco se importa se o treinador precisa conhecer antes o time ou não.

O segundo detalhe que me preocupa são os reservas. O PCC montou um time suficiente (devemos isto a ele), mas se esqueceu dos benditos substitutos. No início isto não nos parece preocupante, mas à medida que o campeonato caminha, peças importantes se machucam ou são suspensas ou até são convocadas para inteirar o time da CBF.

Nosso time é bom para chegar à uma Libertadores? Claro! Mas não há como competir num campeonato latino-americano, sem pensar na reserva. Com o time que temos hoje, podemos, talvez, chegar até a metade da copa, mas se algum deles sofre uma lesão, o grupo fica desentrosado e acabamos perdendo por isto.

Contudo, precisamos pensar no presente para se fazer o futuro. Avante Atlético, rumo à Libertadores!