Talvez não seja o momento oportuno para críticas, pois é fácil fazê-las nos momentos de derrotas. Mas sinto-me à vontade para tal, pois sou crítico contrário a posição a ser extenada abaixo, desde, talvez, do início do brasileiro.

Com a saída do Carpegiani e a ineficaz força da diretoria para contornar a situação, senti um calafrio ao ouvir o anúncio de Sergio Soares. Estávamos em uma condição de busca de vaga pela libertadores, tínhamos um plantél razoável, que depois de algum tempo assimilou a postura de time grande imposto pelo Carpegiani. Já com o anúncio de Sérgio Soares o time perdeu esta condição e confirmou-a no fraquíssimo jogo com o Vasco, e alguns seguintes.

Ouço a imprensa local maravilhas deste moço, sua competência, seu estilo, etc. Na partida do Atlético do ano neste domingo (28), no momento em que o time precisaria de alguém para comandar o time a vitória, vi justamente ao contrário: uma substituição pífia de Netinho entrando em campo; um time sem testosterona, preguiçoso, extremamente lento; atacantes que jogam como se o time devesse a eles vários meses de salário; falta de atitude de alguns atletas em campo; e por tráz de tudo isto, um cidadão pacato no banco apenas olhando o desastre do ano.

Parabenizo a nossa diretoria pela forma de administração do clube, mas ela deve determinar o objetivo do time em competições. Para o estadual, o time como está, poderá chegar, mas para competições nacionais e internacionais, se o objetivo é conquistas de representatividade, então, deverá ter em seu plantél 1 ou 2 atacantes e um meia altamente qualificados, e ter um técnico que seja capaz de mudar o rumo de um jogo.

Nada contra com a pessoa de Sérgio Soares, muito pelo contrário, parabenizo-o pelo que fez no campeonato paulista ano passado. Mas para o Atlético ele, ainda, não está em condições de assumir esta responsabilidade para conquistar grandes títulos. É um técnico para times de segunda divisão, ou até de primeira, desde que somente façam número na competição.

Sou atleticano já acostumado com a grandeza colocada pelo MCP, apesar dele tentar destruir tudo em 2008. Não aceito mais participações coadjuvantes em competições nacionais. Antigamente comemorava vitórias como se fosse um título contra Palmeiras ou Flamengo, ou outro time tradicional sem sonhar com objetivos maiores como libertadores ou um título nacional.

Hoje é diferente, temos um estádio de clube europeu, temos um CT que impressioma dirigentes do Milan ou Real Madrid, então teremos que ter uma posição de força no futebol nacional, temos que ter um plantel melhor avaliado e melhor valorizado, temos que ter um grupo de atletas formados na base com capacidade de assumir o time principal. Temos que mostrar a força de um clube poderoso ano após ano.