Como diriam os grandes jornalistas e comentaristas esportivos, futebol é simples como arroz e feijão, mas como entender essa simples comparação? Realmente tem que ter sensibilidade e aceitar mudanças e renovação. O futebol jogado sempre teve um mesmo objetivo o gol; como se chega a ele, isso depende de cada equipe, de cada grupo, uns mais badalados, outros nem tanto, mas a alegria é balançar as redes.

É, mas infelizmente o nosso querido clube Atlético Paranaense não vem nos dando essa alegria com frequência. Nesse início de campeonato, apesar de toda estrutura, todos o aparatos e recursos que nossa diretoria se vangloria, isso não está claro nas quatro linhas. Sem menosprezo às equipes do interior ou “times pequenos” como são classificadas as outras equipes paranaenses, mas com todo respeito a nossos atletas, treinador e diretoria, é uma piada. Escrevo isso porque ninguém vai querer reinventar a roda, pois está claro que o time do Atlético não tem um propósito de jogo inteligente vibrante. Chegam a ser monótonos e previsíveis os jogos do Atlético; não se vê uma jogada ensaiada, não se vê uma triangulação inteligente. O que vemos em campo, com algumas exceções, é um rachão, um time sem postura tática, sem organização e com muitos chutões. Os ditos lançamentos de sorte que nem sempre funcionam, um time que não sai jogando com inteligência com toques rápidos usando as laterais, e não centralizando toda a responsabilidade de jogadas a um atleta. Com certeza, chega a seu objetivo com maior facilidade, o gol é uma questão de tempo.

Essa dúvida que paira em nossas cabeças de simples mortais: estão com salários em dia? Estão fazendo o que gostam? Têm estrutura? Têm condições físicas? Tem-se tudo isso, o que acontece que não jogam bem? Derrotas acontecem, óbvio, mas ficamos pelo menos satisfeitos com o desempenho do time, pois jogou bem, criou várias chances de gols, teve bola na trave, o goleiro adversário operou milagres. Assim até que aceitamos o discurso sem criatividade depois do jogo, como jogamos bem mas não conseguimos nosso objetivo, vamos esquecer essa derrota e pensar no próximo adversário blá blá blá.

O que realmente preocupa é essa apatia, essa falta de vibração, essa falta de garra e gana de vencer, jogadores nervosos dentro de campo, fazendo faltas infantis, levando cartões por puro descontrole. Afinal, o que está acontecendo? O treinador não tem o time na mão, não tem um esquema definido de jogo, estão fazendo corpo mole pra derrubá-lo. Da maneira que esse time vem jogando e se apresentando, não precisa de treinador. Põe um auxiliar ou faz uma promoção pra um torcedor comandar o time por três jogos; vai dar tudo na mesma.