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11 fev 2011 - 13h10

Só um técnico?

Caros amigos atleticanos. Há muito tempo não ficamos eufóricos com uma campanha de nossa equipe e o tempo do sucesso, do ‘Furacão’ e da Conquista das Américas parece habitar um imaginário imemorial.

Poderíamos conseguir uma dúzia de desculpas e acreditar que se tivéssemos um presidente melhor, um treinador de alto gabarito ou, o que ainda parece mais plausível, uma enxurrada de reforços, estaríamos em situação melhor. Lugar-comum. Profundamente, a questão fundamental é de cunho estratégico e teríamos que analisar o que exatamente falta para o nosso time.

Sem querer me precipitar nas respostas ou fazer de conta que encontrei a fórmula mágica, como muitos fazem de forma demagógica, prefiro apontar um ponto específico que me chama a atenção: o fato de não termos um padrão de jogo há muito tempo. Estrategicamente o objetivo do futebol é simplesmente fazer a maior quantidade de gols possíveis e evitar tomá-los. Simples? Quantas vezes vimos nosso Atlético jogar de forma descompromissada como se o gol fosse um mero detalhe? E como explicar as súbitas apatias, as conivências com jogadores acomodados e a extrema falta de raça – que, aliás, virou nosso principal grito antes de todas as partidas?

Parece que perdemos o caminho e esquecemos o mais óbvio. Lembro bem, embora seja muito novo para ser tão saudosista, do nosso time de 2004 atropelando o Criciúma com um sonoro 6×1 na Arena da Baixada. O que tínhamos na época? Ofensividade, desejo de vencer. Aqueles que vinham para o Atlético já sabiam qual era o mote: correr muito, dar o máximo de si e atacar com velocidade.

Certamente, todas as mudanças serão completamente vãs se não conseguirmos readquirir essa vocação e se isso não começar, inclusive, nas categorias de base. Com a dança dos treinadores vivemos entregues a uma constante flutuação em nosso sistema de jogo: com o Lopes nos tornamos retranqueiros, com o Carpa despadronizados, com o SS… bem, melhor nem comentar.

Fica a chamada a todos os Atleticanos para que possamos reestabelecer nosso posicionamento estratégico de time vitorioso, agressivo e aguerrido! Enxergando o que é elementar, que precisamos ter uma maneira própria de jogar, certamente conseguiremos triunfar sobre as personalidades amadoras que estão afundando nosso time em uma sucessiva onda de fracassos e vexames.



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