Do Olímpo à base da pirâmide
Em 1995, após a derrota histórica para os coxas, surgiu das cinzas um novo Clube Atlético Paranaense, comandado por vários torcedores como Valmor Zirmemann, Ademir Ardur, Marcus Coelho e outros. Mas havia entre eles um Conselheiro que após aproximadamente uma década e meia se tornaria uma figura enigmática entre os atleticanos. Uma pessoa em que daria a sensação de admiração e ao mesmo tempo de ódio entre os torcedores. Está pessoa se personificou na figura de Mário Celso Petráglia.
Inicio este texto desta forma, para lembrar que já estivemos no Olímpo um dia, mas no decorrer dos anos, por diversos motivos, hoje estamos habitando o mundo dos comuns.
Não estou delirando e nem tão pouco preciso de uma camisa de força. O que eu quero dizer é que em 2001 já fomos grande. Hoje não passamos de meros coadjuvantes no cenário nacional dos clubes da série A. Isso foi devido a erros durante alguns anos, como a tal planilha de equiparação salarial, ou seja, que todos os jogadores teriam um piso salarial mais ou menos igual. Isso na teoria, pois na prática nós sabemos que é bem diferente. Treinadores com pisos salariais abaixo do mercado futebolístico, portas do Clube fechado ao mundo dos torcedores e outras preciosidades da administração atleticana no requisito Departamento de Futebol.
Isso foi o início da nossa decadência, pois não conseguíamos contratar jogadores de nível técnico elevado e nem técnico campeões. E assim caímos para o meio dos comuns. Acabamos depois de uma década e meia com um único título nacional e seqüência de um ano levantava a taça estadual e outro ano não. Pois um título da segunda divisão e vice da Libertadores, sinceramente só serve para ilustrar a nossa história. O que vale mesmo é títulos de primeira categoria.
Em futebol, economia é uma palavra inexistente no dicionário. Em futebol, economia é sinônimo de títulos como o São Paulo F.C. só para citar como exemplo. Não mediam esforços para trazer bons jogadores e técnicos e o resultado eram títulos em vários campeonatos durante a temporada.
E nós na mediocridade de achar que economizando iríamos a algum lugar. E quase fomos, por três ou quatro anos seguidos. Quase acabamos na segunda divisão. Fato que nunca ocorreu devido à força da torcida atleticana. Mas que marca tristemente a nossa história.
Isso que está acontecendo agora é somente o resquício dos anos MCP equivocados ao colocar há frente do Clube o MM e Cia. É uma sequência mal acabada de tudo que foi mal planejado e executado após 2001 pelo grupo capitaneado e dominado pelo MCP.
Só que temos uma arma nas mãos para que 2012 seja um ano de recomeço da nossa ascensão e o novo início da nova jornada para nos tornar um dos grandes clubes do cenário nacional. O nosso poder de voto como sócios! Vamos colocar à frente do clube em 2012 os verdadeiros rubro-negros que não terão medo de ousar e nem terão medo de errar. E somente vejo para este cargo torcedores que amam, vivem e respiram o Clube Atlético Paranaense. Pois na vida tudo tem um começo, um ápice e um fim. O fim da era MCP e MM será em dezembro de 2011.
Como sugestão, gostaria de ver um Conselheiro ao velho estilo ousado do ano de 1995, como era o MCP no início de sua jornada quando apareceu entre nós. Não tenho nomes a sugerir, mas as características teriam de ser ousado, corajoso, fiel ao clube e aos torcedores, não ter medo de errar e o principal de tudo. Não deixar a vaidade falar mais alto. Este seria o Presidente ideal para o Clube Atlético Paranaense, após a era MCP e MM.
Quem tiver palpite melhor que escreva, pois somente depende de nós torcedores sócios ou não sócios elevarem o Clube Atlético Paranaense ao patamar a que nos foi reservado.
O topo do Olímpo.