Já que o pessoal gostou da ideia de enviar respostas direcionadas, vou me dar ao luxo de fazê-las também – desta feita apenas para umas breves observações.

Novamente surge a velha discussão sobre o retorno ou não do Sr. Mario Celso Petraglia ao Furacão, e com todo o respeito aos que apóiam o ex-mandatário, manifesto que sou amplamente contra.

Inegável a competência do ex presidente na administração do clube, foi um dos cabeças na reestruturação do CAP, um dos responsáveis pela construção da Arena e pelos vitoriosos anos que vivemos na última década.

No entanto, como bem frisei, ele foi UM DOS RESPONSÁVEIS, E NÃO O RESPONSÁVEL.

Em 1995, quando da chamada revolução, MCP tomou as rédeas do clube, e trouxe para lhe auxiliar naquela tarefa de reestruturação outros vários profissionais, atleticanos competentes a quem devemos muito até hoje.

Com esta equipe construímos o CT, a Arena, e chegamos ao topo do Brasil ao vencer o São Caetano em 2001, quando então o sucesso e os verdadeiros anseios do maior presidente da história do CAP subiram à sua cabeça.

Um a um, foram saindo deste celeto grupo pessoas importantes e competentes, todos expulsos pela arrogância e prepotência do MCP, que perante todo o país levava os louros pelo trabalho de uma dezena de pessoas.

Ora, nosso querido ex-presidente nao construiu nosso CT sozinho, não montou os times sozinho, e muito menos ergueu as arquibancadas da arena com suas próprias mãos, como muitos insistem em falar.

Bastou que estes atleticanos ilustres fossem afastados do clube para que nosso furacao entrasse em declinio, mais especificamente a partir de 2002.

MCP nao quer títulos, nao quer alegrar à torcida, muito menos dar satisfações ou dividir o clube com alguem, nosso ex presidente quer ser reconhecido como um exímio administrador, competentíssimo e moderno.

Tenho de reconhecer que ele entende de administração, sabe como ninguem manter as contas do CAP em dia, mas meus anseios são diferentes dos dele, meus objetivos como atleticano são outros.

Quero um time campeão no campo, e não campeão no marketing, quero investimento em futebol, e não na Copa do Mundo, quero torcer para um time mundialmente famoso pelos títulos que conquistou, e não apenas por ter o estádio mais moderno da américa latina.

Eis o porquê de não querer o sr. Mario Celso Petraglia de volta ao CAP, pois se até o ano de 2001 os seus objetivos conhecidiam com os da nação rubronegra, a partir de então passaram a divergir totalmente.

Prova disto foram os escassos investimentos feitos em futebol, e as contratações mais que esquisitas de treinadores desconhecidos e cheios de histórias mau contadas.

A atual diretoria cogita contratar Falcão, Silas, Caio Junior, Marcelo Bielsa, e ainda assim tem gente querendo matar o atual presidente, me parece que não se recordam de Givanildo Oliveira, Casemiro Mior, Edinho, entre outras pérolas trazidas pelo nosso ex presidente para administrar o futebol rubronegro.

Não concordar com as atitudes do Sr. MM tudo bem, cobrar resultados, reclamar de alguams das contratações, tudo eh válido, mas dizer que seria bom para o clube a volta do MCP, ai já é chatice demais.

Como já frisei, devemos agradecer ao Sr. Mario Celso Petraglia, devemos inclusive incentivar que seja reconhecida a imensa contribuição do mesmo com o nosso clube, mas hoje, o melhor para o furacão é que seja administrado por pessoas cujos objetivos conhecidam com os nossos, e não por pessoas que pretendam usar o clube para realizações pessoais.

Eu, como atleticano fiel e compromissado com o clube posso afirmar categoricamente, fui expulso da Arena, junto de boa parte da torcida atleticana, quando o Sr. MCP majorou em 100% os preços dos ingressos, colocou divisórias que, para além de separar fisicamente nossa torcida, criou uma briga de classes dentro do Caldeirão.

Aliás, extinto Caldeirão, uma vez que o Sr. MCP tratou de, poucas horas antes de um Atletiba decisivo, proibir a entrada de faixas e da bateria da torcida organizada.

Por atitudes como estas, que demonstram o descaso do mesmo com a torcida atleticana, me oponho ao retorno daquele que, conforme já mencionado, foi o maior presidente da história do Atlético.