Geninho triste
Há um clima de velório no Atlético. Não só pela derrota acachapante no clássico, mas pela descaracterização do clube, intensificada nos últimos anos. O rubro-negro da raça não existe mais. Transformou-se numa instituição à procura da sua identidade perdida, de um passado de conquistas que se distancia cada vez mais. Temos Lucas e temos Kleberson, assim como tivemos, alguns anos antes, a volta de Kelly, Gustavo, Alberto e Alex Mineiro. Jogadores importantes dos tempos das grandes conquistas, não conseguiram ou não conseguem expressar em campo a alegria de vestir a camisa que lhes rendeu a merecida fama.
Agora, é anunciado o retorno de Geninho. Um retorno estranho, uma escolha até certo ponto indesejada que se definiu após o fracasso de negociações que se arrastam há mais de um mês. Geninho é a opção que restou para dirigir um time triste. Não carrega mais a idolatria de antes. Depois de um ano na segunda divisão, está mais para incógnita do que para certeza. Virou aposta de uma diretoria que perdeu o rumo. Fica a expectativa de que ainda lhe sobre a aura de campeão que nos proporcionou o momento mais belo da nossa história.