Pouparam o Heber
Não podemos culpar o Heber Lopes, desta vez. O exibicionismo dele continua a testar nossa paciência. No domingo, porém, não foi preciso mais do que a incompetência crônica dos nossos atletas para definir o jogo. Levamos um passeio. A direção do clube deve explicações. Não tem como aceitar que um grupo com jogadores experientes e de boa qualidade técnica entre em campo da maneira como fez no clássico. A história se repete há muitos anos: ambiente ruim, panelas e brigas internas. Tudo indica que trabalhar no Atlético é como atravessar a porta do inferno. Nada muda, e seguimos a velha sina de jogar no lixo meses e meses do tal planejamento.
Viramos fregueses dos coxas. Acontece. Nos grandes clássicos, não é incomum a hegemonia temporária de um dos competidores. Mas a falta de vitórias, no nosso caso, vem acompanhada de uma apatia que não se justifica. Entramos derrotados em campo, e nossos atletas se submetem ao adversário sem nenhuma resistência. Isso não dá mais para suportar.
O Atlético precisa de mudanças, que começam no seu departamento de futebol. Depois, é colocar na cabeça de cada jogador que a letra do nosso hino tem um sentido real. Exigimos que a camisa rubro-negra seja vestida com amor. Exigimos o fim das negociatas e do oba-oba de empresários, procuradores, cartolas e ex-cartolas. Exigimos respeito como torcedores.