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22 fev 2011 - 12h57

Sadismo tem limite

A Diretoria queria nos fazer esquecer a vergonhosa derrota para o coritiba no domingo e conseguiu. Mas do pior jeito possível.

A contratação de Geninho retrata um inexplicável apego ao passado, que já os fez trazer de volta nesta gestão um punhado de ídolos do início do século, mas que já não tinham mais condições de vestir a camisa de um clube de primeira divisão há anos.

Anunciar Geninho logo após o vergonhoso Atletiba soou como um gesto populista, na tentativa de dar um alento ao povo Atleticano trazendo alguém que supostamente seria quase que unanimidade entre a torcida. Porém, o tiro sairá pela culatra, pois mais de 40% da torcida (vide enquete no Furacao.com) rejeitou a contratação do ex-goleiro.

Para os mais de 50% que sonham que o Vadão de faixa vai fazer nosso time jogar bola, tenho alguns recados.

Àqueles que gostaram da chegada de Geninho em gratidão ao título de 2001, gostaria de lembrar que já se passaram 10 anos, nos quais Geninho perambulou por times médios, quase sempre sendo demitido após resultados pífios. Ademais, Geninho foi o item menos importante daquele time, que tinha simplesmente um ataque com Alex Mineiro e Kleber, com Ilan no banco, podia revezar Adriano e Souza na armação, tinha laterais como Alessandro e Fabiano em plena forma, uma defesa estruturada com o quarteto Nem – Rogério Correa – Gustavo – Cocito e a saída de bola perfeita através dos pés de Kléberson.

Para quem aprova Geninho em gratidão por ter nos salvado do rebaixamento em 2008, gostaria de informar que os jogadores receberam uma grana considerável para livrar a pele do rubro-negro. E, se for assim, que tragam de volta os traumatizantes Netinho, Alan Bahia e Rafael Moura, que foram mais decisivos que o “mestre” naquela jornada.

Para quem ama Geninho por ser supostamente “paizão” e “agregador”, gostaria de lembrar que em sua última passagem, em 2009, deixou um time em frangalhos, desorientado e, pior, cheio de panelinhas. A função básica de um gestor é manter o ambiente de trabalho saudável, e nem isso nosso “paizão” conseguiu fazer.

Por fim, para quem rasga a seda ao mestre por que ele é Atleticano… Sinto muito, você foi enganado. Trata-se de um populista de marca maior, do tipo que precisa comprar jornalistas com jantares para ficar bem na foto, já que por sua atuação na área técnica tem todos os motivos do mundo para ser fritado. Ora, para quem faz isso, se associar ao clube para fazer uma moralzinha com a torcida é coisa pouca. Na verdade, ele torce pelo Atlético sim… Mas para o Mineiro.

Enfim, trata-se de mais um erro da incrível sucessão de erros que a gestão Malucelli cometeu neste início de ano. Quero muito estar errado, que Geninho faça um excelente trabalho e cale a boca de muita gente… Mas infelizmente as perspectivas realistas são de: bi-campeonato dos verdes, eliminação precoce da Copa do Brasil e mais um início de Brasileiro sofrível.



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