Vida difícil
Um time que perde para o Rio Branco, do Acre, pode ter a pretensão de ganhar a Copa do Brasil? Com uma defesa que leva mais de um gol por partida? Com um amontoado de jogadores insatisfeitos com a vida no CT do Caju? Se a reação ao desastre de domingo, no Atletiba, foi o que aconteceu no norte do Pais, dá para acreditar que venceremos o segundo turno do Paranaense? Essas perguntas, de resposta previsível, nos fazem perceber que, mais uma vez, colocamos no lixo o primeiro semestre. Não ganharemos nada, restando-nos o destino triste de lutar contra a degola num campeonato nacional em que a Baixada nos será subtraída.
O Atlético dos últimos anos virou a repetição de um filme melancólico, um desfile de fracassos e de promessas de grandeza que não se concretizam nunca. Geninho, Kleberson e Lucas, ídolos requentados ao lado de um inexplicável Claiton, queimarão seus filmes. É pena. A torcida, com sobra de razões, perdeu a paciência.
Somente uma faxina geral a começar pelo departamento de futebol poderá nos salvar. Ou a cartolagem aprende a ter sede de vitórias, única alternativa capaz de unir todos os setores do clube, ou cairemos em desgraça.
Está difícil viver assim.