Ainda neste semestre, a Arena da Baixada, como é chamado o estádio Joaquim Américo, do Atlético Paranaense, em Curitiba, pode ganhar um novo nome comercial. O novo parceiro e o valor do contrato de naming rights ainda são segredos.
Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Gláucio Geara, negociações para uma nova parceria estão sendo firmadas com empresas da Europa e EUA. Estamos mantendo contato constante, mas precisamos avaliar todas as situações possíveis, pois o clube tem um valor que precisa ser levado em conta, disse.
Esta será a segunda experiência de naming rights do estádio curitibano, que passará por reformas para servir de palco à Copa de 2014. De março de 2005 até 2009, o campo era conhecido como Kyocera Arena, ostentando a marca da empresa japonesa de componentes eletrônicos.
Com valores mais modestos, o acordo pioneiro no Brasil seguia os moldes da parceria entre o clube inglês Arsenal e a companhia aérea Emirates, que inclui a exposição casada da marca no estádio e na camisa do clube.
Entrave
Para o presidente atleticano, no entanto, um dos principais entraves para os acordos que envolvem negócios do futebol diz respeito às questões de clubes e rivalidades.
Muitas agências defendem que, se uma empresa faz uma parceria com um determinado clube, necessariamente ela deve fazer o mesmo com outro clube da cidade. É uma visão errada, mas que muitas vezes atrapalha os negócios e a formação de parcerias e patrocínios, diz.
Sobre a estimativa de lucro, Geara acredita ser prematuro divulgar números. Essa informação faz parte das nossas negociações, concluiu. A parceria com a Kyocera rendia ao clube cerca de US$ 2 milhões anuais, mas sem direito de exploração da parte interna do estádio.