Burro não, Geninho!
Estava no Setor 107 da Getúlio Vargas e pela altura dos 15 minutos do 2º tempo da – horrorosa – partida contra os Cascavel me dirigi imediatamente atrás do banco de reservas do CAP, e bradei ao nosso treinador as razões da manutenção do Robston em campo, sem qualquer impropério mais ofensivo a quem quer seja.
Ele pode ouvir, tenho a certeza, pois foi num momento de silêncio e apreensão que tomava conta do torcedor atleticano.
Nosso técnico limitava-se a olhar para o gramado como que aturdido em meio a suas convicções.
Feito isto, voltei ao meu posto, mais de dez degraus acima e atento, acompanhei as reações da casamata, especialmente se as opções de que dispunhamos seria utilizadas.
Ato contínuo pude presenciar xingamentos de alguns mais exaltados.
O problema é que o ao responder a pecha recebida, Geninho deu a clara demonstração de descontrole, e que começa a vazar para o elenco rubronegro.
Nítida a percepção de que os atletas que figuravam na regra três demonstravam descontentamento e insatisfação com os rumos das coisas.
A entrada do Adailton, circunstanciada pelo gol não isentam a responsabilidade do técnico, sendo minimizada, a ver o todo, apenas pelo fato do Sr. Eugênio ter se rendido – espero de uma vez por todas – ao esquema com dois zagueiros.
Assim mesmo, antes, o treinador inseriu o sofrível Gabriel na equipe, quando poderia, a meu ver, diante da contusão do Manoel, ter recuado o Alê ou o Robston para o setor, afinal o ataque do time do oeste não incomodar ninguém, e, aquela altura precisaríamos de melhor desenvoltura no meio campo.
Logo, Geninho, a massa torcedora, especialmente aquele torcedor destinatário de sua resposta não são merecedores de sua retribuição, porquanto a pecha, nesta campanha de desmanche da equipe, vem lhe caindo como uma luva.