Em uma noite triste, o Atlético foi derrotado pelo Bahia por 2 a 0 na Arena da Baixada e chegou a seis jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro 2011. O time contou com o apoio dos 12 mil torcedores que foram ao estádio, mas o que faltou foi os próprios jogadores se ajudarem. Nos minutos finais, gritos de protesto contra o presidente Marcos Malucelli, o técnico Adilson Batista e alguns jogadores evidenciaram o nível de insatisfação da nação rubro-negra.
Adilson, aliás, sucumbiu à pressão e entregou o cargo nos vestiários, deixando o comando técnico do clube depois de dois meses de trabalho. Agora, o Atlético busca um novo treinador, que possa mudar a forma da equipe jogar e trazer um alento à torcida, cansada de atuações abaixo da crítica como as deste sábado.
A promessa dos jogadores e dirigentes de que este sábado marcaria o dia da virada atleticana não foi cumprida. O Atlético iniciou a partida com uma formação diferente. Sem Paulinho, titular nos cinco primeiros jogos, a equipe contou com o zagueiro Fabrício improvisado na lateral-esquerda e Adaílton no lugar de Guerrón no ataque. Não deu resultado.
O Bahia aguardava o Atlético em seu campo, mas mesmo assim criou duas boas chances, desperdiçadas por Júnior e pelo zagueiro Titi, que chegou a acertar a trave. Na metade do primeiro tempo, o Rubro-Negro cresceu de produção e fez uma boa jogada com Madson e Paulo Baier, mas o capitão bateu por cima da trave. Baier, que voltava ao time depois de dois jogos afastado, ainda teve duas oportunidades em cobrança de falta, mas ficou no quase.
De chorar
O Atlético voltou ao segundo tempo com Kleberson no lugar de Fabrício. Marcelo Oliveira, titular em todos os jogos até aqui, foi deslocado para a lateral-esquerda. No início, até deu a impressão de que o time finalmente conseguiria a primeira vitória. Madson perdeu uma chance incrível aos 7 minutos, chutando em cima do goleiro Marcelo Lomba. O Atlético teve outras chances de abrir o marcador, mas faltou pontaria.
Paulo Baier deixou o campo para a saída de Branquinho e se recusou a cumprimentar Adilson, deixando clara a insatisfação com o treinador. Aos 20 minutos, Manoel errou duas vezes diante de Marcone e o volante do Bahia não desperdiçou: chutou no cantinho de Márcio e fez 1 a 0.
O que já era ruim ficou ainda pior. O Atlético se desesperou e partiu para o tudo ou nada, mas sem qualquer força ofensiva. Aos 42, o Bahia aproveitou um contra-ataque e Lulinha fez o segundo. Foi a confirmação de que o Atlético não está no caminho certo. Minutos depois do jogo, Adilson Batista pediu demissão. Será o suficiente?
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