23 ago 2011 - 16h01

Coritiba 1 x 0 Atlético

Mais uma vez e, por uma incrível coincidência do destino, a bolinha da Comissão de Arbitragens “sorteia” o polêmico londrinense Heber Roberto Lopes para apitar o Atletiba de sábado, no estádio Couto Pereira.

O histórico de Heber em jogos do Atlético é simplesmente péssimo. Apitando jogos do clube há mais de uma década, o árbitro possui uma série de equívocos coincidentemente prejudiciais ao Furacão. Na relação abaixo, a Furacao.com relembra a atuação ruim de Heber Roberto em 18 jogos do Atlético ao longo dos últimos anos.

Em Atletiba, a situação é ainda mais grave. Heber apitou dez clássicos. Com seu apito, o Coritiba ganhou sete, houve dois empates e o Atlético só conseguiu uma mísera vitória num jogo que acabou valendo o título para o alviverde na final de 2008.

Estatísticas

A comparação com os números de todos os Atletibas realizados no mesmo período evidencia o peso do “fator Heber”. Desconsiderando os clássicos apitados por Heber, houve 35 Atletibas neste período, com 12 vitórias do Atlético, 10 empates e 13 vitórias do Coritiba. Ou seja, equilíbrio absoluto.

Mas basta acrescentar os Atletibas de Heber e a balança despenca para um lado: 42 jogos, 13 vitórias do Atlético, 12 empates e 17 vitórias dos coxas (a relação pode ser conferida aqui).

Decisivo

Os números causam estranheza. Mas o desempenho do árbitro nas partidas é ainda mais chocante. Os resultados de todos os Atletibas com Heber Roberto Lopes no apito foram satisfatórios ao Coritiba. A única vitória do Atlético de nada adiantou, já que o Coritiba ficou com o título pelo saldo de gols. Dos oito jogos, cinco eram decisivos e em todos eles o Atlético perdeu.

Em 99, na semifinal do Estadual, Heber apitou a vitória do Coritiba por 2 a 1 e o Atlético foi eliminado nesta fase. Em 2004, ele apitou Coritiba 2 x 1 Atlético e o Coritiba foi campeão. No ano seguinte, apitou o primeiro jogo da final, o Coritiba venceu, mas com arbitragem diferente no jogo decisivo o Furacão ficou com o título. Em 2008, ele apitou os dois jogos da final: vitória do Coxa no primeiro e a única do Atlético no segundo.

Relembre abaixo como foi a atuação de Heber Roberto Lopes em jogos do Atlético:

Campeonato Paranaense – (20/02/2011) – Coritiba 4 x 2 Atlético
No primeiro Atletiba do ano o coxa esteve melhor, em especial na primeira etapa ao abrir 3 X 0 , mas o Atlético buscou o resultado e chegou a diminuir para 3 X 2 quando Heber passou a minar o Furacão, não marcou um pênalti claro em Paulinho e expulsou Guerron numa suposta agressão que ninguém viu e nem as câmeras de tv flagraram. O Coritiba ainda fez mais um gol e venceu o clássico.

Campeonato Paranaense – (16/01/11) – Atlético 1 x 2 Arapongas
No primeiro jogo da temporada, Heber Roberto Lopes cometeu muitas falhas. Chegou a marcar um impedimento de Madson depois de a bola ter sido tocada por um jogador do Arapongas. Também não marcou pênalti para o Atlético em um lance no qual um defensor do time adversário colocou a mão na bola dentro da área. Deixou de dar faltas claras ao Atlético e mostrou cartão amarelo para os meias Paulo Baier e Branquinho, que reclamaram dos erros.

Campeonato Paranaense – (05/03/09) – Atlético 2 x 1 Iraty
O árbitro anulou um gol legítimo de Rafael Moura quando o jogo estava 1 a 1. Durante toda a partida, Héber chamou a atenção pelas cenas espalhafatosas e quase artísticas em campo. Gestos irônicos acompanharam o árbitro durane a maior parte do jogo. No final, Rafael Moura levou um tapa do zagueiro Diogo, do Iraty, mas acabou sendo expulso junto com o agressor – depois, foi absolvido pelo TJD, comprovando que a decisão de Heber foi equivocada. O técnico Geninho reclamou da arbitragem.

Campeonato Brasileiro – (30/06/07) – Paraná 2 x 2 Atlético
Heber expulsou o zagueiro atleticano Danilo logo aos 36 minutos de jogo. Mesmo com um a menos, o Furacão arrancou o empate.

Campeonato Paranaense – (22/04/07) – Atlético 1 x 3 Paraná
Mais uma vez, Heber Roberto Lopes deixou de marcar um pênalti claro para o Atlético. Marcão foi derrubado na área e ainda levou um cartão amarelo do árbitro. Aos 37 minutos, mais uma vez ele expulsou um jogador do Atlético: Netinho. Ao final do jogo, o técnico Vadão resumiu a atuação de Heber: “O que teve influência foi a arbitragem, no primeiro tempo, tivemos dois lances onde fomos agredidos sem bola, o bandeira não viu, o árbitro não viu, ninguém viu. Ele não deu pênalti no Marcão e amarelou o Marcão. Minou o tempo todo. Eu coloquei ele como melhor árbitro, mas esteve totalmente fora e teve influência sim. No campeonato, vim com calma, com tranquilidade e foi visível que a arbitragem influenciou”.

Campeonato Paranaense – (11/02/07) – Atlético 2 x 2 Coritiba
A arbitragem de Heber foi péssima. Ele deixou o jogo correr com muitas faltas por parte dos coxa-brancas, que apelaram dessa estratégia para parar o ataque atleticano. Aos 19 minutos, o lance mais polêmico de toda a partida. Na cobrança de escanteio para o Coritiba, o árbitro viu o zagueiro Danilo segurando Henrique e assinalou o pênalti. Na cobrança, Edmilson fez 1 a 0 para o Coxa. Vale ressaltar que lances de jogadores se segurando dentro da área foram comuns durante todo o restante da partida, mas o árbitro não utilizou o mesmo critério (e rigor) para marcar as outras faltas.

Campeonato Brasileiro – (28/10/06) – Atlético 4 x 0 Paraná Clube
O chocolate rubro-negro poderia ter sido maior se Heber Roberto Lopes não houvesse sonegado mais um pênalti ao Atlético. Aos 12 do segundo tempo, Denis Marques foi derrubado na área, mas a falta não foi assinalada. Além disso, o árbitro deixou de expulsar o goleiro Flávio, do Paraná. Ferreira foi lançado, driblou o goleiro Flávio (que era o último homem) e foi derrubado. Heber advertiu o goleiro apenas com o cartão amarelo.

Campeonato Paranaense – (05/03/06) – Cianorte 1 x 5 Atlético
Desta vez, a implicância foi fora de campo. Heber Roberto Lopes não deixou que o intéprete e auxiliar do então técnico Lothar Matthäus ficasse no banco de reservas. Posteriormente, foi repreendido publicamente pelo diretor de arbitragem, Afonso Vitor de Oliveira.

Campeonato Paranaense – (11/01/06) – Galo Maringá 0 x 2 Atlético
No início do segundo tempo, quando o Atlético vencia por 1 a 0, Heber marcou um tiro livre indireto contra o Rubro-Negro pelo fato de o goleiro Tiago Cardoso supostamente ter ficado por mais de seis segundos com a bola. Mesmo com a ajuda, o Galo não conseguiu empatar.

Campeonato Paranaense – (10/04/05) – Coritiba 1 x 0 Atlético
Heber Roberto Lopes deixou de assinalar um pênalti claro os 18 minutos do primeiro tempo. Denis Marques fez boa jogada pelo lado direito do ataque e cruzou a bola para Aloísio. Na confusão na área, o zagueiro Miranda tocou com a mão na bola, recuando-a para o goleiro Fernando. O claro lance de pênalti foi visto pelas mais de 15 mil pessoas presentes no Pinheirão e pelas milhares de pessoas que acompanharam à partida pela televisão. Só Heber não viu e não marcou.

Campeonato Paranaense – (26/03/05) – Atlético 4 x 0 Roma
Aos 39 minutos do primeiro tempo, quando o Atlético vencia por 1 a 0, Denis Marques cruzou e um zagueiro do Roma desviou com o braço. O árbitro Heber Roberto Lopes não marcou o pênalti. Aos 36 do segundo tempo, Maciel foi derrubado na área e sofreu pênalti – novamente não assinalado pelo árbitro.

Campeonato Paranaense – (23/02/05) – Francisco Beltrão 2 x 3 Atlético
O segundo gol do Beltrão saiu depois de uma ajuda do árbitro Heber Roberto Lopes. Batista se jogou na área e foi anotado o pênalti. Luizinho Cascavel bateu e converteu. Ainda bem que o Furacão já havia feito três gols na primeira etapa.

Campeonato Paranaense – (10/04/04) – Coritiba 2 x 1 Atlético
Heber expulsou o volante atleticano Vanderson aos 15 minutos do primeiro tempo (o jogador não tinha recebido sequer o amarelo). Posteriormente, Vanderson foi absolvido por unanimidade no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná. Com um homem a mais, o Coritiba venceu o jogo por 2 a 1. Um ano depois, o árbitro reconheceu os erros cometidos contra o Rubro-Negro. “Eu paguei caro em outros Atletibas em que eu entrei queimando cartão amarelo, de forma incorreta, e depois aconteceram muitas expulsões. Então, a gente ganha experiência e melhora”, afirmou.

Campeonato Paranaense – (08/02/04) – Atlético 3 x 0 Paraná Clube
Mesmo com o massacre atleticano (foi o jogo em que Washington marcou o “gol da vida”), Heber não passou em branco. O Atlético vencia por 1 a 0 quando Ilan foi derrubado na área. O árbitro não só não marcou o pênalti como também mostrou o cartão amarelo para o atacante.

Campeonato Paranaense – (02/06/02) – Paraná 4 x 1 Atlético – Vila Capanema
Como havia vencido o primeiro jogo por 6 a 1, o Atlético não precisava se preocupar muito com a segunda partida da final do Campeonato Paranaense. Mesmo assim, Heber não passou em branco: quando o Paraná vencia por 1 a 0, expulsou um zagueiro paranista e o artilheiro Alex Mineiro, depois de o atacante atleticano ter sido agredido.

Campeonato Brasileiro – (06/10/01) – Atlético 1 x 1 Paraná Clube – Baixada
Mudou o adversário, mas não o estilo da arbitragem. O Furacão saiu na frente com um gol de Rogério Corrêa, mas Lucio Flávio empatou no final do primeiro tempo. Novamente, Heber expulsou um jogador atleticano. Desta vez, o escolhido foi o lateral Alessandro. Mas o apito mais prejudicial ocorreu no final do jogo, quando o árbitro anulou um gol legítimo de Gustavo. As imagens da televisão mostraram que não havia impedimento.

Campeonato Paranaense – (11/02/01) – Coritiba 2 x 0 Atlético – Couto Pereira
Heber expulsou três atleticanos: Milton do Ó, Fabiano e Alessandro. As duas primeiras expulsões foram absolutamente excessivas, logo no início da partida, prejudicando tremendamente o Furacão. Alessandro, que era um dos melhores em campo, foi expulso já no final da partida, depois de revidar a uma das inúmeras agressões dos coxas. Depois de muito pressionar, e contando com a vantagem numérica, o Coritiba venceu por 2 a 0, com gols aos 31 e aos 38 do segundo tempo.

Campeonato Paranaense – (13/06/99) – Atlético 1 x 2 Coritiba – Pinheirão
Heber Roberto Lopes expulsou o volante atleticano Renato e iniciou a longa série de Atletibas em que impediu a vitória rubro-negra.

Ou seja, se por um lado toda a imprensa nacional e internacional reconhece a força da torcida do Atlético a fazendo ser verdadeiramente o 12º jogador do clube em campo não é de todo absurdo dizer que sábado o Coritiba começa o jogo reforçado de sua 12º força em campo: o árbitro Heber Roberto Lopes.

Colaboração: William Romero. Publicada originalmente em 25/03/2008



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…