23 dez 2011 - 3h46

Adriano Gabiru: “Quem vinha jogar aqui tremia”

Um dos jogadores mais vitoriosos da história do clube (quatro vezes campeão paranaense, campeão brasileiro, da Seletiva e da Copa Paraná), Adriano marcou época vestindo a camisa 8 que um dia foi de Sicupira. Teve três passagens pelo Furacão e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira. Durante o Campeonato Brasileiro de 2001, Gabiru começou como titular, depois perdeu a posição para Souza e recuperou lugar no time de Geninho quando o concorrente se machucou.

Porém, na reta final, foi um dos jogadores fundamentais para o Atlético conquistar a tão sonhada estrela dourada, principalmente na partida contra o São Paulo. Sua imagem caído na área vibrando com o pênalti marcado nos minutos finais do primeiro jogo da final contra o São Caetano é uma das mais marcantes na reta final daquela competição. “A gente sentiu dentro da gente que seríamos campeões, não tinha como tirar da gente”, lembrou.

Em 2002, Adriano foi o melhor jogador atleticano no Brasileirão, o único capaz de manter as mesmas boas atuações do ano anterior, apesar da apatia de alguns de seus companheiros. Ficou no Atlético até 2004, quando foi emprestado ao Cruzeiro. Chegou ao Internacional em 2006 e foi o autor do gol que deu o título mundial ao Colorado. Passou ainda por clubes como Figueirense, Sport, Goiás, Guarani, Mixto (MT) e Corinthians (PR). Após alguns meses sem jogar, assinou neste mês com o clube onde iniciou a carreira, o CSA.

De poucas palavras, Gabiru concedeu entrevista exclusiva à Furacao.com e falou sobre a importância dos outros integrantes da comissão técnica e funcionários do CT e da Arena na motivação do grupo durante a campanha, além da força da torcida quando o time jogava em casa.

O que representou o título brasileiro de 2001 na sua carreira e na sua vida?
Ah, foi muito importante né, foi tudo na minha vida.

Qual foi o momento mais difícil na campanha?
Tiveram vários. Todo time passa por momentos difíceis. Tem jogos que você perde, outros você ganha, mas é triste. Toda derrota era um momento complicado, mas agente revertia e ganhava novamente. A gente sempre tinha condições pra isso, de colocar a vitória.

   

Na sua opinião, quem era o melhor jogador do time?
Todo mundo, todo mundo ganhou. A torcida do Atlético também, principalmente no primeiro jogo aqui contra o São Caetano, depois lá, foi muito importante mesmo.

Qual foi o fator essencial para a conquista do título?
O grupo né, cara. O pessoal que nem no banco ficava, sempre junto no vestiário torcendo pela gente. Todo o grupo, comissão, treinador.

Como você lidava com o descrédito da imprensa do eixo?
A imprensa é assim mesmo, em qualquer lugar. Às vezes fala o que quer, escreve qualquer coisa. A gente também não ficava muito ligado nisso, sempre concentrado.

Qual foi a importância da Arena e da torcida nos jogos decisivos?
Ah, foi muito importante. O estádio é muito importante. Sempre que jogava aqui não perdia, era difícil. Quem vinha jogar aqui tremia mesmo. A torcida lotava e a gente fazia o nosso papel bem feito dentro de campo.

Antes da chegada de Geninho, o time realmente tinha problemas com a “noite”?
Não sei, mas a gente ganhou. Se saiu ou não, a gente entrava dentro de campo e fazia o que precisava fazer. Os outros falavam que a gente ia pra ‘quebrada’, mas isso acontece muito, em todo clube. Dentro de campo a gente fazia o melhor e resolvia.

Qual a importância dos outros integrantes da comissão técnica e funcionários do CT e da Arena na motivação do grupo durante a campanha?
Foi importante. A janta, o café, o pessoal ajudava muito no dia a dia. E o CT era maravilhoso, o clima na concentração, até nos momentos em que a gente não podia sair de lá. O pessoal tratava muito bem a gente. Aquele momento foi importante pra todo mundo se unir, foi bom pra gente.

O time mudou muito o jeito de jogar do Mário Sergio para o Geninho?
Ah, mudou né, bastante. Ele deixou o time quase pronto. Mas era um time excelente, muito bom mesmo. Geninho não inventou e deu certo.

Como foi a preleção?
Foi importante. A gente chegou e não foi fácil ser campeão. Mas cada um já se sentia assim, campeão. A gente entrou lá e ganhamos, na casa deles. E isso marcou na carreira de todo mundo.

No final da primeira partida contra o São Caetano você sofreu um pênalti e vibrou muito. Naquele momento, teve o sentimento de que o título havia se aproximado ainda mais?
Com certeza. Foi bom demais aquele pênalti que sofri, levantei de alegria no chão, com os braços, a torcida gritando, foi importante. O Alex fez o gol e foi espetacular, uma emoção muito grande mesmo. A gente sentiu dentro da gente que seríamos campeões, não tinha como tirar da gente. E ainda fomos lá em São Caetano e ganhamos de novo. E olha que a festa estava toda armada pra eles lá. Mas graças a Deus deu tudo certo. O pênalti foi importante no decorrer do jogo, até porque começamos ganhando, aí eles empataram e até viraram. Mas no final a gente ganhou e tudo deu certo pra que tivéssemos uma vantagem boa no segundo jogo.



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