23 dez 2011 - 3h54

Alex Mineiro, o herói do título

Falar sobre a conquista do título nacional em 2001 é falar de Alex Mineiro. O herói atleticano, que só nas últimas quatro partidas fez oito gols decisivos, foi o responsável direto pela conquista da tão esperada estrela dourada do Atlético Paranaense. Na primeira partida da decisão do Campeonato Brasileiro de 2001, o atacante marcou três dos quatro gols que deram a vantagem para o triunfo atleticano. Já na final, Alex assinalou o único gol do jogo, aos 21 minutos do segundo tempo, diante do São Caetano. Ao todo, marcou 17 gols na competição e tornou-se artilheiro do time no campeonato, ao lado de Kléber. Tal brilhantismo lhe rendeu a Bola de Ouro, como melhor jogador da competição, eleito pela Revista Placar. Um verdadeiro Furacão.

Alex estava no Cruzeiro no final de 2000, quando o time era comandado por Luiz Felipe Scolari, que estava de olho no volante Marcus Vinícius, do Atlético. Em princípio, o rubro-negro pediu os meias Paulo Isidoro e Donizete Amorim e mais uma quantia em dinheiro. O negócio foi fechado, mas quase fracassou quando se constatou uma grave lesão em Paulo Isidoro. Tentando salvar a transação, o Cruzeiro ofereceu Alex. Foi a sorte do atacante e da torcida atleticana.

Sob o comando de Geninho, o time se encontrou, os resultados começaram a reaparecer e a estrela de Alex começou a brilhar. Assim, o Furacão engrenou no campeonato e ninguém o deteve. Assim como ninguém foi páreo para Alex Mineiro, que começou a escrever a história do seu primeiro título brasileiro.

Em 2002, Alex não foi muito feliz no rubro-negro. Devido a uma pubalgia, ficou três meses no departamento médico. O atacante até chegou a retornar em algumas partidas na Copa dos Campeões, mas o problema voltou a incomodar. Alex não conseguiu repetir o mesmo sucesso de 2001. Foi negociado por empréstimo com o Tigres, do México, no início de 2003, onde voltou a formar dupla com Kléber. Não se adaptou e voltou ao Atlético na metade do Brasileirão, ajudando a recuperar o time na competição. Teve mais duas passagens pelo Atlético: em 2007 e de 2009 a 2010. Passou também por Tigres (MEX), Atlético-MG, Kashima Antlers (JAP), Palmeiras e Grêmio.

     

Os gols de Alex

Foi na fase final da campanha que Alex ficou marcado. Contudo, durante todo o campeonato, o atacante fez gols importantes e que garantiram a classificação do Atlético como segundo colocado na primeira fase do Brasileirão.

O primeiro gol foi, logo, decisivo. Na segunda rodada do Campeonato, Alex marcou aos 45 minutos do segundo tempo e garantiu a vitória contra o Cruzeiro fora de casa. Depois disso, marcou o segundo na goleada de 4 a 0 sobre o Flamengo na Baixada; o terceiro na vitória sobre a Portuguesa por 3 a 1; e duas vezes em cada uma das goleadas sobre Santa Cruz (5 a 1), Ponte Preta (5 a 1) e Bahia (6 a 3) – ainda na primeira fase.

Nas finais, a estrela do atacante brilhou como nunca. Em um jogo complicado, decidiu aos 36 minutos do segundo tempo contra o São Paulo, garantindo a vitória por 2 a 1 e a classificação para as semi-finais. Contra o Fluminense, uma atuação incrível, com três gols – o último, e decisivo, aos 44 do segundo tempo. O que parecia improvável se repetiu uma semana depois e “Alex Matador” fez três também contra o São Caetano.

A partida final não podia ter outro personagem. Após arrancada pela esquerda, o lateral-esquerda Fabiano chutou cruzado, o goleiro Silvio Luiz deu rebote e, com o gol aberto, Alex terminou de entrar para a história – marcando seu 17º no Campeonato e consagrando o Furacão Campeão Brasileiro.



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