4 jan 2012 - 21h24

Dagoberto Santos: “O tempo está contra nós”

O novo diretor geral do clube, Dagoberto Santos, falou nesta quarta-feira sobre a política de contratações do clube, chegada do uruguaio Juan Carrasco, reforços e os objetivos do Atlético a curto, médio e longo prazo.

“O torcedor pode ficar tranquilo que estamos trabalhando e muito. O tempo está contra nós. Estamos fazendo um trabalho intensivo, já que jogamos a partir do dia 22 e já temos que ter o elenco formado. Haverá novidades, mas no momento oportuno”, garantiu o diretor em entrevista coletiva.

Confira abaixo todos os comentários do diretor:

REFORÇOS
“Só divulgaremos nomes de jogadores quando tivermos contratos assinados. É uma política que estamos adotando e será preservada durante a minha gestão”.

SALÁRIOS
“Sobre os salários, cada um tem o salário que merece, você não pode equalizar todos imaginando que todos são iguais. Todos são jogadores, mas uns tem valores mais que os outros. O que deve ser um fator limitador desse processo é o orçamento do cube. Você não pode gastar mais do q arrecada. Desde que a folha comporte, haverá uma política salarial em que não haja tanto disparate entre o que ganha mais e o que ganha menos”.

CONTRATAÇÃO DE CARRASCO
“A contração do Juan foi uma escolha entre alternativas. Cogitamos algumas aqui do Brasil, mas dentro do nosso padrão orçamentário. Tivemos um fator limitador, que foi o nosso orçamento. Não vamos inflacionar, não vamos cometer loucuras ou entrar na mesmice de alguns clubes de pagar salários acima daquilo que podem cumprir. A segunda tônica foi a competência reconhecida de alguém que tem experiência internacional e que vai contribuir no Brasil.

CHEGADA AO ATLÉTICO E OBJETIVOS
“Convivi com o Petraglia durante muitos anos no Clube dos 13, cada um representando sua entidade e vejo essa maneira visionária de ser diferente e inovar, e mostrando ao futebol que é possível ser mais do que cair na mesmice ou em paradigmas ultrapassados que comprometem o futuro do clube. O Petraglia consegue transformar visão em ação e isso foi um dos motivos que me trouxe ao Atlético, independente do projeto em si, que é muito desafiante. O objetivo a curto prato é trazer o Atlético novamente à divisão de elite do futebol brasileiro. A médio, posicionar o Atlético entre os verdadeiros protagonistas, afastando do grupo dos coadjuvantes. E, a longo prazo, disputar um torneio mundial”.

REFORÇOS
“A pergunta é boa, porém, deve ser dirigida ao Carrasco. Ele vai analisar o elenco, identificando as posições em que ele sente necessidade de buscar no mercado e nós estaremos buscando aquilo que for necessário para atender o pedido do treinador. Não dependera só dele, mas de toda a comissão técnica e diretoria. Obviamente estamos num trabalho intensivo de olhar o mercado e vê quem tem disponibilidade, mas não vou sair contratando jogadores que o técnico entenda que não seja necessário”.

LOCAL DOS JOGOS
“Esse é um assunto que o Mário (Celso Petraglia) está cuidando pessoalmente”.

MORRO GARCÍA
“Tudo vai depender da avaliação do treinador, se há interesse em manter ou não o atleta. Se houver, ele será mantido. Se não, será aberta a negociação”.

RECADO AO TORCEDOR
“O torcedor pode ficar tranquilo que estamos trabalhando e muito. O tempo está contra nós. Estamos fazendo um trabalho intensivo, já que jogamos a partir do dia 22 e já temos que ter o elenco formado. Haverá novidades, mas no momento oportuno”.

ESTRUTURA
“É importante vocês entenderem a estrutura organizacional. Sou o diretor geral, que envolve diretorias administrativa, financeira, marketing e comunicações, futebol profissional e de formação – que é uma inovação que estamos trazendo aqui, fruto da minha experiência em outros clubes de separar essas duas estruturas porque implica em profissionais com perfis diferentes. Se uma cuida do presente e do dia a dia, a atividade de formação cuida do futuro do clube. Ainda temos uma assessoria jurídica e uma assessoria de relações internacionais. Eu vou estar envolvido em tudo. A responsabilidade do resultado de cada uma dessas áreas é minha. Porém, darei autonomia pra cada diretor exercer sua função para somar e ajudar como elemento facilitador. Tenho uma postura de trabalhar pra baixo, eu não trabalho pra cima. Tento resolver os problemas de cada um individualmente em suas áreas de atuação”.

BASE
“A base não é a solução para o Atlético. É a solução do futebol brasileiro. Se um clube que não encara a base como a sobrevivência em termos de futuro, está no caminho errado. O Atlético tem um investimento em infraestrutura de base diferenciado. Se existe alguma coisa que eu gosto de fazer em toda a estrutura é privilegiar a base”.



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