O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) vai julgar o Atletiba de torcida única, ocorrido no dia 22 de fevereiro na Vila Capanema, na próxima quarta-feira (4), às 19 horas. A denúncia da procuradoria será avaliada pela 3ª Comissão Disciplinar do tribunal, podendo ir para o pleno depois, caso uma das partes envolvidas resolva recorrer.
De acordo com a denúncia, Atlético e Coritiba teriam ferido o Estatuto do Torcedor por terem assinado um acordo permitindo o jogo com torcida única. Os clubes, caso sejam considerados culpados, podem receber uma multa que varia entre R$ 100 e R$ 100 mil. As outras partes envolvidas no acordo, como Ministério Público e Polícia Militar, não são citadas pela procuradoria por não fazerem parte da esfera esportiva.
No entanto, independentemente do resultado do julgamento, isso não significa que o próximo Atletiba, marcado para o dia 22 de abril, no Couto Pereira, será obrigatoriamente com duas torcidas. Caso exista uma penalidade, o Coritiba poderá avaliar se vale a pena ou não optar por usar o mesmo artifício.
Polêmica
A decisão por torcida única no clássico do primeiro turno causou polêmica. Após a diretoria do Atlético propor a ação, através do presidente Mario Celso Petraglia, Coritiba e Polícia Militar aceitaram a ideia.
O fato de o duelo ser em uma Quarta-Feira de Cinzas, logo depois do carnaval, dificultaria o trabalho dos agentes de segurança. O parecer positivo do Ministério Público em caráter de exceção fechou a questão. No entanto, o órgão lembrou em seu parecer que o Estatuto do Torcedor foi violado.
Rasga-se o Estatuto do Torcedor, diante da impossibilidade de o estado dar segurança aos torcedores, diz o texto assinado pela promotora Stella Maria Burda. É lamentável que situações como esta ocorram em um país, e o que é pior, em uma capital, que pretende, em breve, sediar jogos de futebol da Copa do Mundo, também traz a mensagem do MP.
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