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18 maio 2012 - 17h45

Ainda sou mais o Carrasco

O Atlético Paranaense teve um primeiro tempo brilhante contra o Palmeiras, mas a exemplo do que já ocorrera no Atletiba, voltamos com farol baixo no segundo tempo. Parecia que o gás havia terminado. O problema é que o final do mês e o pagamento ainda não chegaram.

Precisamos encarar o jogo contra o “Choinvile” como se fosse decisão de Copa do Mundo, e é. Trata-se da decisão do Brasileirão da Série B. Precisamos vencer ou vencer. Não subir seria como cair novamente, agora com novo carimbo na queda. Disputaremos 3 pontos e precisamos deles para subirmos, é decisão do campeonato.

Não podemos ficar no discurso light de que o time engrenará a partir do quarto ou quinto jogo. Não dá. Cada ponto deverá ser disputado como se estivéssemos brigando por oxigênio e água para a nossa própria sobrevivência. Não subir para a primeira divisão seria como um novo rebaixamento. Haveria um efeito extraordinariamente daninho, insuportável. Seria um prato cheio, transbordando, para as próximas eleições que se darão daqui a 2 anos e 7 meses. A oposição se lambuza nesse momento de indecisão do nosso time.

Estou extremamente otimista, sempre fui. Trabalhei muito para que a diretoria que aí está fosse eleita. Sempre acreditei no projeto CAPGIGANTE. Nós chegaremos lá. Sei que é difícil acreditar na fala da diretoria com tantos resultados contrários à nossa vontade. Quem não gostaria de ter levantado o caneco naquele estádio corroído pela ação do tempo e da ureia? Quem disser que não gostaria, que não teria valor nenhum nisso, está blefando. Pode não ter importância para quem ganha o ruralzão, mas tem muita importância para quem o perde, como bem disse o companheiro atleticano Sandro Santi em seu twitter.

Vi o jogo bem embaixo do camarote das rádios e da diretoria. Olhava-os de baixo para cima. Eles pareciam distantes. Havia momentos em que não conseguia vê-los. No camarote da imprensa paulista percebia-se que evitavam nossos olhares, principalmente quando fomos prejudicados pela arbitragem em alguns lances. Aí a chiadeira era geral, como se eles fossem culpados pelas falhas do juiz (quero pensar que eram falhas). O velho Mueller era o mais visado. A diretoria não foi molestada em momento algum, até porque ninguém sabia que ali era o camarote ocupado pelos diretores.

O time do Carrasco no primeiro tempo foi fabuloso. Para quem gosta de bom futebol, como eu, foi extasiante presenciar os nossos primeiros 45 minutos. Sem grandes valores individuais, o time parecia uma máquina de atacar e defender. Se tivéssemos um bom centroavante para aproveitar as bolas do Guerron e do Liguera teríamos feito um saco de gols. Há, no entanto, algo que parece travar nossos atacantes na hora de decidir. É como se na hora de atingir o orgasmo, baixa um ataque de impotência que recolhe o material da definição, e vai-se embora o prazer final, fica só na tentativa (risos).

Nesse momento de decepção a culpa é do Carrasco? Deveríamos crucificá-lo com os braços abertos, pregado pelas mãos? Ou deveríamos jogá-lo numa vala para o enchermos de pedradas?

Seria exagero pensar e falar dessa maneira? Confesso que em alguns momentos do ruralzão eu senti vontade de também agir de forma semelhante. Muitas pedras e pregos foram deixados de lado em minha mente (risos).

Havia mais de três anos que eu não me deliciava tanto quanto agora ao ver o meu querido Atlético Paranaense abandonar aquela postura covarde e retranqueira, povoado de robostões (mistura de robôs com volantões) para vivermos um jogo alegre, exatamente como deve ser o futebol.

Apesar de ter ficado chateado com aquela atitude errada do Carrasco de colocar o Manoel como centroavante, eu ainda sou mais ele que qualquer outro dos represadores de bola que povoam o mundo dos técnicos do nosso país. E mais, querendo receber salários de mais de 300 mil reais por mês. Lembram do Renato Gaúcho que recebia 400 mil reais da diretoria anterior? Renato Gaúcho deve estar gargalhando até agora dos “manés” que cairam no seu canto alucinógeno.

O Carpegiani, treinador agenciado pelo Augusto Mafuz, pedindo mais de 400 mil reais para morar temporariamente em Curitiba? Falcão exigiu mais de 300 mil reais e um amontoado de mordomias para ele, esposa e comitiva para virem esnobar aqui em nossa cidade, como se fôssemos um bando de otários provincianos.

E os outros, Helios dos Anjos, Antonios Lopes, Vadões, Mancines, Nelsinhos, Luxemburgos com aquelas manias de artistas pop, Felipão com 700 mil reais pra fazer uma linha de 4 zagueiros e 4 volantes, e tantos outro mais treinadores “trincheiras” que há em nosso país? Já repararam que são sempre os “mesmos”. Nessa hora gostaria de parabenizar àquele político que inventou o bordão “chega dos mesmos”.

Há algum exagero naquilo que falo? Há. Esse é o meu defeito, mas às vezes não deixo de ter pouca, média, razoável, ou quase toda razão quando falo.

Tenho percebido que há um alvoroço na oposição, aquele mesmo pessoal que queria nos colocar no colo da OAS para que ela construísse a Arena Fifa com todos os aditivos decorrentes da obra que viriam, e que ela ficasse, também, com todos os rendimentos que advirão do estádio da Copa do Mundo.

É preciso ter muito cuidado nessa hora. Falei com um diretor ainda ontem. Carrasco tem excelentes e extraordinárias virtudes, grande defeitos como todos os outros técnicos também os têm, mas é preciso que alguém esteja por perto, principalmente quando ele deseja extrapolar nas suas invencionices, como no caso do Manoel como centroavante. Em outras palavras: é preciso que Carrasco seja domado nas suas extravagâncias, só isso. O problema maior será descobrir se ele é domável ou um eterno turrão.

Façamos uma enquete – eu já a fiz – junto aos atleticanos. Perguntem-lhes se Carrasco deve continuar no Atlético ou voltar para o Uruguai. Garanto-lhes que a passagem do voo para Montevideo não seria extraída.

Nesse sábado eu estarei em “Choinvile”, querida cidade catarinense, terra de mulheres lindas e maravilhosas, de um povo alegre, hospitaleiro, e extremamente trabalhador, que também apoiará o time da casa em busca da tão sonhada volta à divisão de elite. Todos queremos sair dessa “draga” em que a Paixão pela OAS nos enfiou.



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