Gazeta Esportiva

A vitória magra de 1 a 0 sobre o Guaratinguetá nessa terça, pela Série B do Campeonato Brasileiro, mostrou mais uma vez a fragilidade do Atlético Paranaense, que, de todo modo, comemorou a conquista dos três pontos fora de casa, após um jejum de dois jogos. O técnico Jorginho admitiu que o jogo foi ruim, mas creditou o resultado às péssimas condições do gramado do Estádio Dario Leite.

“Foi ruim demais. Mas, com todo respeito, o campo é muito ruim. Quem é que vai pagar se houver uma lesão grave no Bruno Furlan. Ele se machucou sozinho, em um buraco. Isso em que ser olhado com carinho”, disse o treinador, que pede uma atitude da diretoria. “O Atlético investe muito dinheiro, tem que fazer alguma coisa. Não podemos perder um atleta importante em uma competição importante como esra”, desabafou.

Não é só o gramado que irritou o treinador. O número alto de jovens promessas como titulares, não só no Furacão, é motivo de dor de cabeça para Jorginho. “Temos um ataque com Marcelo, de 20 anos, Tiago, de 20 anos e Bruno Furlán, de 20 anos. Eles não vão resolver todos nossos problemas, e isso me deixa preocupado. No Santos, colocaram um garoto de 20 anos e querem que ele resolva tudo. É um absurdo. Não podemos queimar etapas com esses garotos. Todos estão lesionados. Isso é muito ruim para o futebol brasileiro”, analisou.

Sobre as falhas do time, que voltou a perder alguns gols aparentemente fáceis, o técnico credita a falta de pontaria à intranquilidade motivada pela fase do clube, que ainda não consolidou sua campanha na competição. “É o momento do clube que faz com que tudo fique dificil. A qualidade eles vão atingir, estão trabalhando muito”, concluiu.