Tirando o chapéu

Chegou com a desconfiança da imensa maioria. Sofreu a injustiça de ser demitido dias após. Demonstrando uma humildade sem par, aceitou realizar o seu trabalho nas categorias de base. Quiz o destino que, pouco tempo depois de ser preterido, viesse receber a incumbência de assumir o time principal.

Contra tudo e contra todos, deu a volta por cima. Os números são incontestáveis. O aproveitamento superior a 80%, apesar de ainda não calar os críticos, nos trouxe de volta à briga para o G4.

A vitória de ontem nos trouxe a certeza que agora temos um time de futebol. Jogando o jogo. A posse de bola acabou com aquele martírio vivenciado até muito pouco tempo atrás, de não conseguirmos ter quatro trocas de passes. O número de chutes a gol cresceu consideravelmente. Várias são as jogadas ensaiadas, principalmente com o uso de laterais.

Os eternos insatisfeitos dirão que o Barueri é um time muito fraco. Até posso concordar. Contudo, há muito tempo temos enfrentado adversários com a mesma qualidade, sem conseguirmos resultados favoráveis e, o que é pior, jogando futebol sofrível.

A humildade de Drubscky contrasta com a arrogância de duas dezenas de treinadores que se revezam na dança de cadeiras de treinadores e se arvoram de únicos conhecedores do esporte para receberem polpudos salários e indenizações e se vão sem deixar saudades.

Tiro meu chapéu ao Sr. Ricado Drubscky, como técnico e como pessoa. Seu sucesso profissional também será o nosso. O jogo de ontem deve ser revisto por todos, não só pelos seis gols, mas pelo primor do futebol jogado.