23 jun 2013 - 11h15

Vândalos tentaram depredar Arena da Baixada

A Arena da Baixada foi alvo de protestos de manifestantes na última sexta-feira. Danos maiores foram evitados pela ação de integrantes da Torcida Os Fanáticos e da Polícia Militar do Paraná.

Na noite de sexta, milhares de pessoas foram às ruas em Curitiba para protestar, a exemplo das manifestações populares que vêm ocorrendo em todo o Brasil.

Em determinado momento, um grupo se dirigiu à Arena da Baixada, supostamente para protestar contra os gastos públicos para a Copa do Mundo de 2014. Segundo a reportagem do Terra, no entanto, os líderes do grupo eram integrantes da torcida Império Alviverde, do Coritiba – a mesma que protagonizou a depredação do Estádio Couto Pereira por ocasião do último rebaixamento do Coxa para a Segunda Divisão. Oficialmente, a torcida negou a participação no ato.

Ainda segundo o relato do Terra, houve confronto entre as duas torcidas, munidas de pedras, morteiros, paus e bombas. A PM chegou quase uma hora depois e dispersou as pessoas.

Nota oficial

Neste sábado, o Clube Atlético Paranaense emitiu uma nota oficial sobre os manifestos na Arena da Baixada. Confira a íntegra do comunicado:

No final da tarde de ontem (21 de junho), o estádio Joaquim Américo foi alvo de manifestantes que, além de protestar, promoveram depredações ao patrimônio do clube. O Clube Atlético Paranaense agradece o apoio da Torcida Organizada Os Fanáticos na proteção feita à Arena, estádio que sediará a Copa do Mundo, em Curitiba, e que é a casa de todos os torcedores rubro-negros. A presença e o comportamento dos Fanáticos com desprendimento, disposição e amor coibiu e protegeu o patrimônio atleticano de um ataque sem precedentes.

O Clube Atlético Paranaense esclarece que a realização da Copa do Mundo foi uma iniciativa dos Governos Federal, Estadual e Municipal. O CAP disponibilizou o seu estádio, até então o mais moderno do país, aos governos para que viabilizassem a realização da competição, evento de grande porte e representatividade mundial, em Curitiba.

A parceria tripartite entre Governo do Estado do Paraná, Prefeitura Municipal de Curitiba e Clube Atlético Paranaense permitiu a união pública e privada de esforços com intuito de realizar as obras do estádio com o custo mais baixo entre todas as sedes. O valor investido pelos governos foi realizado em títulos de potencial construtivo (que serão comprados pela iniciativa privada posteriormente) e não com a utilização de recursos advindos dos orçamentos municipal e estadual. Este valor de títulos de potencial construtivo gira em torno de R$ 123 milhões, enquanto em outros Estados os investimentos nas obras dos estádios ultrapassaram R$ 1 bilhão, tendo ficado a média destes investimentos em R$ 750 milhões. Ou seja, seis (6) vezes maior que o valor da obra do estádio no Paraná.

Além disso, a auto-gestão das obras da Arena pelo clube permitiu uma redução ainda maior no orçamento. É importante ressaltar que além do patrimônio que já existia no estádio antes das obras de reforma e ampliação para a Copa do Mundo, o clube está pagando a sua parte do acordo tripartite para a realização das obras. Ou seja, o patrimônio continua sendo particular e o CAP não admitirá que o mesmo seja depredado. Da mesma maneira, o clube entende que toda a comunidade paranaense será beneficiada com a vinda da Copa do Mundo, evento de grande porte e representatividade mundial, não somente os torcedores atleticanos.

O CAP não entra no mérito das manifestações contra a Copa, porém, entende que as mesmas estão cinco anos atrasadas, pois deveriam ter acontecido em 2008 quando foram escolhidas as sedes do evento. Atualmente, o que pode e deve ser feito é uma profunda auditoria nas contas das obras que possuem empreiteiras e nos tesouros de outros Estados que gastaram várias vezes mais que o necessário para a reforma dos estádios.

O CAP não é contra as manifestações, desde sejam feitas de maneira civilizada e sem danos ao patrimônio, sejam eles públicos ou privados.



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