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19 ago 2013 - 11h25

Atlético x Palmeiras – Copa do Brasil

Nas participações do Atlético em disputas da Copa do Brasil, o Palmeiras foi seu adversário por três ocasiões, 1992, 2010, 2012 e será novamente em 2013.

Ano de 1992, o Atlético inicia o processo de retorno a Baixada, e neste ano não foi para a final do campeonato paranaense por perder para o Londrina na disputa de pênaltis, Roberson e Will desperdiçaram as cobranças (o Londrina foi fazer uma final Pé Verméio com o União Bandeirante). Na Copa do Brasil, apenas duas vagas para o estado do Paraná, participavam menos times que hoje, em 1992 tinham 32 participantes, somente campeões e vice-estaduais do ano de 1991, e os representantes paranaenses eram Atlético e o time das vilas. Antes de o Atlético enfrentar o Palmeiras, jogou contra o Bahia e empatou no Pinheirão por 0x0, enquanto que o time das vilas, xodó, queridinho e fetiche da imprensa paranaense tinha vencido o Grêmio em Porto Alegre. Antes do jogo da volta, o comentarista Walmir Gomes fala que o Atlético já estava eliminado, e que suas fichas iam todas para o time das vilas, exemplo de organização e planejamento. No jogo de volta vencemos o Bahia em Salvador com gols de Leomar e Roberson em uma noite inesquecível de Renaldo, enquanto que o outro representante paranaense foi derrotado em sua casa ficando fora da fase seguinte. Na mesma semana após esta rodada em um domingo de jogo do campeonato paranaense no Pinheirão, Farinhaque presidente da época concede uma entrevista a uma rádio em que trabalhava Walmir Gomes e pergunta da afirmação e da previsão que ele, Walmir Gomes havia feito e se estava feliz com o resultado. O comentarista diz que não tinha nada a declarar e não fala sobre o assunto. O Atlético também havia rompido com FPF pela volta à Baixada, desejava jogar no Esgoto Pereira pelo apelo do jogo, era o primeiro ano da Parmalat e o protocolo do local indicando o estádio para a partida que foi enviado à FPF some misteriosamente, fazendo com que a partida tivesse que ser realizada no Pinheirão pela falta de tempo hábil para um novo pedido de indicação do estádio, Farinhaque ficou muito irritado naquele dia. Primeiro jogo no gélido e frio Pinheirão em uma quarta feira a noite; o Atlético vai com Sady, Perrô, Guni, Valdir Feijão, Tostão, Marcelo Souza, Tico, Roberson, Agamenon, Serginho, Will e as revelações Renaldo, Leomar, Alex e Marco Antonio. Era o inicio da parceria Palmeiras-Parmalat e a multinacional montou um grande time para o Palmeiras sair da fila. Cesar Sampaio, Evair, Mazinho, Cuca, Jean Carlo faziam parte daquele time que havia contratado naquele ano o querido atleticano Carlinhos Sabiá. Antes do apito inicial, a torcida do Atlético ovaciona muito Carlinhos Sabiá por mais de minutos, não me recordo de nenhum caso parecido de uma homenagem a um ex-jogador parecida com aquela até então, e nestes poucos minutos me recordei da importância e do valor de Carlinhos chegando ao Atlético em 1987 com Nelsinho Baptista e se juntando a Marolla e Renato Sá para a disputa do módulo amarelo levando novamente o Furacão a primeira divisão após uma canetada da CBF, passando experiência para uma das melhores safras de prata da casa da história do clube formada por Marcão, Pedrinho,Odemilson, Roberto Cavalo, Adilson, Jefferson Kramer, Cambe, Wilson e Luis Carlos Oliveira que recém promovidos faziam parte do grupo principal de 1987, do pênalti que perdeu em 1988 no fim da partida forçando mais um jogo e saindo com lágrimas nos olhos carregado no colo pelos companheiros, do garoto propaganda nos outdoors espalhados pela cidade de Curitiba ao lado de Kita pedindo que a torcida fosse ao Pinheirão, do grande título de 1990 com a sua vibração fanática após o golaço de Berg e de ter levado no primeiro semestre de 1992 o time nas costas durante o campeonato nacional; mas aquele adeus com aplausos eram um até breve, pois Carlinhos Sabiá retornaria no ano seguinte assim como fez em 1989. O Atlético perde de 1×0, gol do Toninho Cecílio, este que foi técnico do time das vilas. No jogo de volta no Palestra Itália o resultado foi 3×1. O gol atleticano foi marcado por Renaldo que faria muito sucesso mais a frente, e o poderoso time do Palmeiras que se desenhava como grande no inicio da década de 90 acaba eliminado nesta Copa do Brasil por Antonio Lopes, porém na sequencia dos anos conquista vários títulos. Neste jogo, o da volta contra o Palmeiras uma curiosidade, foi em uma sexta-feira à noite, novidade para a época com transmissão ao vivo pela CNT sendo narrada pelo saudoso Lombardi Junior, que neste ano iniciava a suas narrações pela TV a convite de Galvão Bueno. Foi um aquecimento assistir aquele jogo antes de ir para a balada no Aeroanta que terminava sempre com um lanche na Rua 24HORAS; saudades de Lombardi Junior e da boa e agradável Curitiba daquela época.

No ano de 2010, um episódio horrível e um duelo equilibrado. Na primeira partida o então técnico do Furacão Leandro Niehues tem um sério problema familiar mais vai para o banco de reservas, em campo uma partida muito disputada com um duelo especial entre Paulo Baier e o goleiro Marcos nos escanteios e nas faltas, duelo este que rendeu um cartão amarelo para Paulo Baier deixando o capitão de fora do jogo da volta na Arena. Palmeiras faz 1×0 e se fecha para não tomar gol em casa. Em um lance de escanteio, cheio de agarrões, Danilo ex-jogador atleticano comete um crime, chama o jovem zagueiro Manoel de macaco do “baralho”, jamais me esquecerei da cara de indignação de Manoel ao escutar tal ofensa, ele ficou parado olhando para os lados como se não tivesse acreditando no que ouviu e esperando que alguém lhe falasse alguma coisa, foi horrível aquele lance. O jogo segue e ao término do primeiro tempo, Marcos goleiro do Palmeiras vai falar com Manoel pedindo que ele deixe esta história de lado, pois o então técnico do palmeirense Antonio Carlos também já cometeu este mesmo crime de racismo quando jogava pelo Juventude no caso Jeovánio. Volta do segundo tempo e o placar continua o mesmo, com o Palmeiras se fechando e não sabendo o que ocorreria depois do episodio lamentável do zagueiro Danilo, que a principio negou, mas os microfones captaram perfeitamente o áudio, com Danilo se justificando de maneira infeliz dizendo que isso é coisa de futebol após a partida, virou caso de polícia na mesma noite. No jogo de volta um show da torcida atleticana e muita solidariedade para Manoel. Mosaico pedindo respeito, caras pintadas com a cor negra, Arena cheia, muitos incentivos e apoio a Manoel que ao não cumprimentar o racista Danilo, é aplaudido intensamente pela torcida. Netinho é o substituto do capitão Paulo Baier e faz um jogo razoável tentando realizar o mesmo papel do capitão nas bolas paradas, mas eis que no meio do primeiro tempo, o juiz inventa um pênalti para o Palmeiras e expulsa Bruno Costa. Na cobrança, Neto uma das grandes revelações daquele ano defende com muita facilidade, foi a máxima do futebol, pênalti mal marcado não entra, mas o prejuízo continuou pois ficamos com um jogador a menos. O Atlético perde um pouco o poder de fogo por estar com dez jogadores, e Alex Mineiro em uma de suas ultimas partidas pelo Atlético fica sumido e é substituído. No fim do segundo tempo, a pressão atleticana aumenta e um pênalti é marcado para o Atlético. Alan Bahia aos 30 minutos vai para a cobrança, e ao seu estilo humilha o goleiro campeão mundial de 2002 Marcos deixando este sentado no gramado, as cobranças de Alan Bahia eram um deboche, 1 x 0 e tudo caminhava para os pênaltis quando no fim da partida, numa bobeira da zaga atleticana ocorre o empate. Uma pena e uma injustiça com o Atlético e com Manoel, a história deveria ter sido outra naquela Copa do Brasil. Este jogo ficou marcado na minha memória como “O Jogo da Solidariedade”, com um grande exemplo de civilidade e dignidade da torcida atleticana com relação ao racismo no futebol.
No ano de 2012, um duelo de com um time na primeira e outro na segunda, depois de eliminarmos o Cruzeiro comandado pelo “Loco Carrasco”, empatamos em casa com o Palmeiras por 2×2 e perdemos em São Paulo por 0x2 nos 20 minutos finais após termos ido com tudo para o ataque na tentativa de fazer um gol, subimos de divisão e o Palmeiras foi o campeão da Copa do Brasil 2012 sendo rebaixado no fim do ano.

Em 2013 a história será escrita de maneira muito diferente, PRA CIMA ATLETICOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!! PRA CIMA ATLETICOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!

PS: Não é Copa do Brasil, mas vale “Como inspiração”.
Falando em Atlético, Palmeiras, Parmalat e grandes partidas, é impossível não recordar o confronto de 1996 no Farinhacão. Após o retorno para a Baixada, o Atlético jogou três temporadas no novo velho estádio, 94/95/96, com destaque para o título nacional de 1995 e a grande campanha de 1996. Neste período de três anos, o grande jogo da “Era Farinhacão” para mim foi Atlético 2 x 0 Palmeiras. Sábado, 12/10/96, dia das crianças e da padroeira do Brasil. Muita chuva neste dia antes do jogo começar, mas nem parecia que tinha caído tanta água devido a presença maciça da torcida atleticana, que com guardas chuvas, capas e jaquetas, vibravam, pulavam e gritavam aquecendo a temperatura nas arquibancadas e também nas estruturas tubulares adaptadas para o aumento da capacidade da Baixada. Esta era a segunda geração da Parmalt no Palmeiras, com Luisão, Viola, Djalminha, Cafú, Junior, e a equipe era líder invicta do campeonato até aquele jogo tendo disputado 14 partidas sem nenhuma derrota, como exemplo da sua força, podemos dizer que havia vencido os coxinhas por 5×0 e o time das vilas por 4×1. O jogo começa e até o Palmeiras saber onde estava, entender aquela áurea maravilhosa, porque que toda aquela torcida lotava aquele estádio mesmo na chuva com uma vibração incrível fazendo pulsar a Baixada, o jogo já estava resolvido. Nestes anos de 95 e 96 era o início do canto” Daaaalhe Dalhedalheooooooo DalheAtlético DalheAtlético Dalhedalheoooooo”. Em menos de 15 minutos o placar já estava 2×0 e definido, só aí que o Palmeiras se deu conta de onde havia caído, “NO CALDEIRÃO DO DIABO”. Foi uma satisfação ver Galeano no mesmo campo onde em 1994 nos tirou a classificação quando jogava pelo Juventude, ele corria feito doido ao tentar pegar a bola com o OLÉ histórico do fim do jogo que o Palmeiras sofreu ao ter entrado na roda de bobo. Com grandes apresentações neste dia de Paulo Rink e Oséias que fizeram os gols, Ricardo Pinto em uma tarde muito segura mais Alberto, Reginaldo, Jorge Luis, Branco, Lira, Branco, Luis Carlos , Jean Carlo e os poloneses, classifico este jogo como o mais espetacular da breve vida que teve o Farinhacão.



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