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17 set 2013 - 19h55

Viva a Copa do Mundo de Futebol

EXERCÍCIO DE IMAGINAÇÃO – À COPA DO MUNDO DOS PARANAENSES

Tem existido muita controvérsia sobre a legitimidade da Copa do Mundo em nosso país. Piores têm sido as suposições sem um mínimo de critérios e argumentos sólidos para defesa de opiniões favoráveis ou contrárias, o que só favorece o empobrecimento de um debate.

Tentando estabelecer “nortes” de um entendimento mais palpável, proponho o seguinte exercício de imaginação:

Voltemos no tempo. Estamos no exato momento em que o Brasil ganhou a disputa para sediar a Copa você entra na internet percebendo que 7 milhões de sites, em fração de segundos, divulgam o fato para bilhões de cidadãos do mundo todo.

A partir deste momento, já não somos os mesmos, pois somamos-nos com estas pessoas que até então, pouco ou quase nada faziam parte de nossas vidas. Ao mesmo tempo, as vozes com matrizes diversas políticas, clubísticas, casuísticas e sei lá quais mais decretam: ‘A Copa do Mundo de Futebol será uma roubalheira e o país tem outras prioridades.’

Os dias vão se passando e nossas crianças começam a produzir trabalhos escolares sobre a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. Políticos, pequenos, médios e grandes empresários, profissionais de diversas áreas de atuação discutem, planejam e vez por outra mantêm incursões sobre todo tipo de oportunidades e ameaças e até idosos pensam e aprender línguas e ou candidatar-se ao voluntariado sob a perspectiva de sociabilização e ou lazer.

Mesmo assim, com base nos mais inflamados discursos sociais, voltam aquelas vozes a afirmar: ‘A Copa do Mundo de Futebol será uma roubalheira e o país tem outras prioridades.’

Da criança ao idoso, o mundo do futebol entra ainda mais na vida diária das pessoas. Baseados no conhecimento científico (é fato, e só dar uns googles com frases como legados e benefícios de mega eventos esportivos) para 2018, Bélgica e países baixos, Inglaterra, Rússia, Portugal e Espanha se candidatam a sediar o evento e, em 2022 , Austrália, Estados Unidos, Catar, Japão/Coréia do Sul e Rússia.

Estranho, né? Os cara não têm outras prioridades? Bando de subdesenvolvido! Mais à frente, depois de muita divergência, a cidade de Curitiba na pior das perspectivas (lembrem-se é um exercício de imaginação) recebe a chave com Gana, Suíça, Nova Zelândia e Coreia do Norte (putz… que chave).

O Atlético, o Coritiba e o Paraná já estão com a agenda cheia de visitantes e usuários de seus estádios, Centros de Treinamento e também algumas cidades pelo Estado recebem visitantes diversos. O aeroporto da cidade, graças única e exclusivamente à Copa, é ampliado e pode receber aviões de vários países que agora conhecem um lugarejo chamado Curitiba, lá no Estado do Paraná, e provavelmente visitem outras cidades, talvez até facilitando empreitadas futuras. As vias públicas, que levariam anos para se modernizar, hoje agilizam o trânsito e as rotas de escoamento para outras cidades igualmente são melhoradas.

Como se não bastasse, nossas crianças, jovens e adultos em meio ao convívio com a “enxurrada” de informações sobre o evento na mídia passam a ter um convívio diário com a atividade física de um modo geral, com vistas à saúde, mesmo sem se aperceberem. O Estádio da cidade passa a ser mais um ponto turístico e modelo para gestão e administração de espetáculos esportivos e de lazer para anos futuros em todo nosso Estado, oportunizando o melhor entretenimento e a qualidade de vida.

Finalmente no campo da imaginação, chegamos à realização do evento com aquela “chavinha mequetrefe”. Poucos coreanos, ganeses, suíços e neozelandeses na cidade. Cerca de 20.000, sendo que 1.000 aproveitaram para conhecer o Estado após suas desclassificações, porém em seus países só se fala daquela cidade e daquele Estado e de carona as principais redes televisivas e sites do mundo já estavam a divulgar estes rincões há meses.

Enfim, nas obras e adequações diversas, centenas de pessoas ganharam empregos, gastaram seu dinheiro em lanchonetes, restaurantes, supermercados, farmácias e comércio em geral, gerando impostos e recursos não possíveis no dia-a-dia.

Vida que segue… sobraram recursos entre os milhões gastos, perspectivas e parceiras, oportunidades e mais oportunidades. Conclusão: se isto só aconteceu por conta do maior evento esportivo do planeta, não foi por conta dele que nunca investimos nas prioridades. Foi por incompetência nossa.

Mesmo assim uma última voz nos atinge com a pergunta constrangedora: e a roubalheira?

E eu responderia: puna-se com o rigor da lei.

Esta sempre foi uma das prioridades, e até aí a Copa trouxe também mais esta oportunidade.

Viva a Copa do Mundo de Futebol.



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