Atlético e CAP/SA esclarecem sobre obras da Arena
Nesta quinta-feira (3), o Clube Atlético Paranaense e a CAP S/A, Arena dos Paranaenses, concederam uma entrevista coletiva na Sede Administrativa do CAP para falar sobre as obras de reforma e ampliação do estádio para a Copa do Mundo de 2014. Durante a coletiva, o representante da MCA Auditoria e Gerenciamento, Gregório Lopes Carvalho, apresentou um relatório com fotos, mostrando as readequações que o Atlético fez de acordo com as solicitações do Grupo Móvel de Auditoria de Condições de Trabalho em Obras de Infraestrutura do Ministério do Trabalho e Emprego (GMAI).
O presidente do Clube Atlético Paranaense e da CAP S/A, Mario Celso Petraglia, esclareceu sobre o embargo nas obras, determinada pela Justiça do Trabalho, e pela fiscalização realizada pelo GMAI .
"Lamentavelmente temos a interdição total da obra. Amanhã, faremos dois anos do início das nossas obras, da retomada das obras, com a presença do Governador do Estado, do Prefeito de Curitiba na época e diversas autoridades. Não tivemos neste período nenhum acidente grave. Somente algumas marteladas e um choque de uma torneira. Temos aqui toda a estrutura preparada para qualquer eventualidade. Temos seguido a conduta de termos todas as condições de segurança que a legislação nos obriga. Isso tudo é muito subjetivo e por isso muitas vezes o entendimento nosso é diferenciado do entendimento do fiscal. E muitas vezes em uma obra dinâmica e de multiserviços, uma situação se modifica rapidamente. Há um dinamismo muito grande em nossa obra", disse o presidente atleticano, comentando as dificuldades que o Atlético encontrou durante o andamento das obras. "Tivemos a primeira liberação da parcela do BNDES no dia 14 de janeiro deste ano. Nós tivemos as últimas desapropriações das casas em pouco mais de 90 dias. Foram cinco anos de negociações com o Ministério do Exército para a retirada dos prédios da esquina".
Sobre o Grupo Móvel de Auditoria de Condições de Trabalho em Obras de Infraestrutura do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Petraglia explicou como foram os dias de fiscalização. "Fomos surpreendidos há três meses com uma ação pública do Ministério Público do Trabalho nos impondo algumas condições que nas conversas com os advogados, deixamos claro que o Atlético cumpriria. Depois, tivemos a visita do GMAI. Com o objetivo de fiscalizar a obra, eles estiveram vários dias em Curitiba. Esse pessoal, não sei por que razão, entrou em nossa obra, com todo o respeito foi recebido, mas criaram um clima terrível, um clima de terror, um clima de ‘vamos paralisar’, de ‘você está errado’, um clima horroroso".
O chefe da Seção de Inspeção do Trabalho do MTE, Sérgio Barros, explicou a atuação do GMAI e elogiou o trabalho do Clube Atlético Paranaense. "Nós queremos que a Copa do Mundo aconteça aqui nesta Arena. O GMAI é constituído por auditores de diversos estados para obras especiais. Nesta fiscalização que aconteceu entre os dias 17 e 26 de setembro, esse grupo fiscalizou a Arena da Baixada, a Ponte Estaiada e as obras do Aeroporto, que fazem parte das obras da Copa. Tudo o que foi pedido, foi implementado pelo Atlético. Se existe alguma pequena necessidade corretiva, não será na base da paralisação da obra, esse é meu entendimento como engenheiro civil. Nós temos uma frente de trabalho interna que pode perfeitamente estar em funcionamento, por exemplo. Não vi em nenhum setor algo que impeça o retorno imediato da obra".
Nesta sexta-feira (4), os auditores do GMAI farão uma nova visita nas obras, como explica Barros. "Hoje (3) teve uma audiência na 23ª Vara do Trabalho e ficou determinado pela juíza que em 24 horas a equipe do GMAI tem que estar aqui. Não sei como será o diálogo amanhã, mas na minha posição de chefe da seção de inspeção do trabalho, me sinto o dever de vir aqui e falar que não vamos demonizar a obra da Copa. Não podemos e se tiver um problema, vamos resolver já. Segurança é assim, a gerência de risco não termina nunca", finalizou.
Além dos citados acima, participaram da coletiva o Diretor Construtor do CAP, Luiz Volpato, o responsável técnico da obra, Marcelo Zambom, o chefe de segurança da obra, Josnei Klososki, o advogado do CAP, Luiz Antônio Abagge, e o superintendente Substituto Regional do Trabalho do Paraná, Luiz Fernando Favaro Busnardo.