O legado Paulo Baier
Não bastasse o título deste, devemos ainda fundamentar nossa opinião, pois, simplesmente ao breve olhar do torcedor comum, passional por tradição, o Maestro PODE ficar.
Preferiria ter utilizado a palavra DEVE, mas para isto se faria necessário conhecer aspectos contratuais desta prorrogação contratual, aí se incluindo o prazo, as luvas, pretensão salarial e outras condições.
Retornando ao passado, sob a regência de Petraglia, tivemos alguns precedentes como Ricardo Pinto e Flávio, então alçados a condição de ídolos da massa atleticana e nem por isso mantidos no futebol do clube.
Todos conhecemos como nosso presidente lida com tais questões, adepto do ‘tem de girar, de rodar’ e inadmitir alguém diferente de si próprio se eternizar pelo clube.
Também a forma de pressão exercida na entrevista concedida minutos após o clássico nos lembra um pouco a passagem com o técnico Levir Culpi em 2004, quando o propósito de renovação antes do final do certame causou alvoroço e aborrecimento.
Perdoemos e compreendamos isto como um clamor de socorro à massa, expressão de vontade de ficar. Emoção pura.
Histórias um pouco parecidas mas em tempo, momento e com alguns personagens diferentes.
Se MCP estiver mais comedido, calejado e melhor assessorado, sem rompantes de autoridade suprema, ouvir os reclames de seu torcedor e usar de bom senso, Paulo Baier possui créditos de sobra para desfilar o futebol de excelência e sua vinculação com as coisas do rubro-negro, propiciando ainda mais o crescimento da instituição.
E se a proposta de seu empresário for coerente, em bases financeiras equilibradas com a política e realidade do Atlético, não vejo como o Maestro envergar outra jaqueta em 2014.
O custo benefício deve ser ponderado em três vertentes: Clube, torcedor e atleta.
Para aqueles contrários a permanência, digo que títulos por si só não se justificam para a descontinuidade do Maestro. Fosse assim Nilson Borges, Sicupira e outros, além dos citados acima, não teriam tamanha identidade com o Furacão.
O legado Baier não se limita apenas aos quase cinco anos de – bons – serviços prestados, mas de modo especial, como exemplo e personificação às futuras gerações do Clube Atlético Paranaense que o futebol não se faz apenas de negócios.