Assim como Levir Culpi em 2004 tentou forçar a renovação do contrato que ainda tinha vigência, Paulo Baier, depois de memorável Atletiba (o primeiro em que foi decisivo, diga-se de passagem), trucou para cima do MCP e jogou para torcida.

No primeiro episódio, perdemos o segundo título nacional. Agora estamos perdendo um ídolo.

Um dos maiores arrependimentos do presidente, dito por ele mesmo, foi não ter demitido Levir já no vestiário. Acho que ele não vai repetir a complacência. Acho que o bom velhinho não veste mais a camisa rubro-negra, infelizmente.

Quero deixar bem claro minha opinião: sou fã de Baier. Mesmo sem velocidade e sem marcar ninguém, a sua visão e liderança dentro de campo, aliados à incontestável técnica, fazem dele um jogador diferenciado. Pelo que fez, principalmente nos maus momentos, encarando uma segunda divisão desde a primeira hora para reerguer o Furacão, ele merece ter renovado seu contrato.

Errou feio em botar pressão. Acredito que foi coisa de momento, sem premeditação, no calor da vitória em um clássico.

Torço para que os ânimos se acalmem, que ele reconheça o erro e o presidente reconheça o seu valor e que Paulo Baier renove, e que se aposente no Furacão como campeão da Libertadores, seja como titular ou como reserva. Esta briga não faz bem para ninguém e tem muita gente botando lenha na fogueira para nos prejudicar e criando um clima ruim, com mais destaque do que a vitória no clássico. Não podemos deixar isso acontecer.

SRN