Surpreendi-me com a declaração que nosso “coroné” (como dizem meus amigos coxas, rs) deu sobre o Paulo Baier: “Aparentemente parece loucura, mas vou fazer algumas perguntas. O que ele ganhou pelo Atlético Paranaense? O que ele nos levou? Não sou contra o Paulo Baier, pelo contrário. A nossa política é de renovação, é de juventude. Claro que tem que mesclar, porque um time muito jovem não chega a lugar nenhum, mas o Paulo Baier não estava nos nossos planos [para esta temporada]”.

Sinceramente, não sou de questionar qualquer ato do Petraglia no Atlético, pois acredito que, ao menos, um pouquinho só, conheço da história do nosso Furacão, e por isso mesmo, respeito, e muito, o que o “coroné” fala.

Também não sou fã do maestro. Aliás, e meus amigos são testemunhas (ou informantes), várias vezes disse que achava que ele não deveria ser titular ou que o tempo dele no Atlético já estava se esgotando, e blábláblá… na verdade, achava que o negócio do Paulo Baier estava mais para futebol 7 (ou suíço) do que o jogo de 11.

Mas, agora, não tenho como concordar contigo meu “coroné”. Aliás, não só contigo, mas com a Diretoria, pois segundo o empresário do Paulo Baier, foi uma decisão “colegiada” que decidiu pela não permanência do maestro. Inclusive, acho uma sacanagem o quê parte da imprensa vem falando, no sentido de atribuir a decisão exclusivamente ao Petraglia, pois o próprio Neco Cirne (ou Cisne/Ganso/Pato) disse que foram “diretores” que decidiram e não apenas o Presidente.

Pois bem, porquê não concordo. Não se trata de “ganhar alguma coisa pelo Atlético” (eu mesmo disse algumas vezes que o Paulo Baier nunca ergueu um caneco pelo Furacão). A questão é que esse cara, assim como o Sr. Coroné, foi um dos responsáveis por nós atleticanos andarmos de cabeça erguida novamente, de sentirmos um orgulho imenso de torcer pelo nosso time, e não por sermos campeões de qualquer coisa, mas, por exemplo, por “dar um pau” no Dagoberto no jogo contra o São Paulo em 2011, por “dar um pau” no Leandro Donizete num Atletiba, por simplesmente falar que adora nossa torcida e que gosta de jogar no Furacão, enfim, esse tipo de jogador anda meio escasso meu coroné. Aliás, foram vários os gols que o cara fez e que foram decisivos não só para o acesso, como também para a atual situação no campeonato. O sujeito aguçou nossa hombridade, ainda mais agora com os “dois cocos” no coxa, sendo um deles de falta!!!

Ademais, Sr. Presidente, o Zico também não ganhou nada pelo BRASIL, assim como o Sócrates, o Falcão, o Cerezo, etc, e nem por isso o povo todo deixa de admirá-los. Enfim, o Paulo Baier, pelo menos, honra a camisa do Furacão, veste-a como se fosse sua própria pele, e aonde ele for é reconhecido como o “maestro do Atlético”. Não importa se ganhou ou não alguma coisa, o quê importa é o quê ele representa para a torcida e para o próprio Atlético.

Mas, para finalizar, tem uma coisa que ele ganhou sim no Atlético e a Diretoria talvez tenha esquecido, que é o RESPEITO dos torcedores por ter vestido nossa camisa com amor, e isso ninguém vai apagar.

Francamente, espero que toda essa onda de não renovação do contrato seja apenas uma jogada de marketing (?), mas se não for, ficarei triste por não ver o bom velhinho na nossa nova casa ao menos em um jogo.

Saudações atleticanas.