Análise do jogo: Apesar do segundo tempo, a vitória
Com a ausência do suspenso Éverton, o técnico Vagner Mancini preferiu colocar um substituto do qual tivesse características mais próximas de seu titular. Deste modo, entrou Zezinho entre os 11 nesta partida contra a Portuguesa (13). Sendo assim, o técnico do Atlético manteve o 4-3-1-2 como o esquema tático inicial. Já Guto Ferreira, técnico do time paulista, também manteve o esquema que está funcionando em sua equipe, o 4-3-3.
Atlético no 4-3-1-2 e Portuguesa no 4-3-3 [arte: Caio Gondo]
O gol de Marcelo, logo a dois minutos de jogo, fez com que o Furacão rapidamente passasse a jogar da maneira que mais vem obtendo os seus pontos: no contra-ataque e em constantes jogadas pela direita.
Entretanto, para o jogo contra a Portuguesa, a titularidade de Zezinho deixou o Atlético com mais tendência ainda de seus ataques penderem para à direita. Uma vez que o time paulista marcava individualmente Paulo Baier, qualquer movimentação pelos lados do Maestro abria espaço para Zezinho se projetar pelo meio do campo. Deste modo, a tendência do camisa 31 era de atacar pelo centro. Esta movimentação de Zezinho somada com a tendência de Paulo Baier e do Atlético de atacar pela direita, o Furacão, praticamente, abdicou de frequentar o seu lado esquerdo ofensivo.
Observa-se pelo Heatmap, retirado do site Footstats, como o Atlético quase não atacou pelo lado esquerdo do seu campo ofensivo:
O campo tem como referência o Atlético atacando da direita para a esquerda [arte: Caio Gondo]
Ao mesmo tempo que Paulo Baier frequentava o lado direito ofensivo, a noite inspirada de Marcelo e de Léo contribuíram bastante para que o Furacão atacasse frequentemente por aquele lado. Com o sistema ofensivo da direita funcionando e o sistema defensivo não deixando a Portuguesa finalizar com tanto perigo, o Atlético ditou o ritmo e jogou da maneira que quis no primeiro tempo.
No segundo tempo, Guto Ferreira voltou com a sua equipe no 4-4-2 com o volante Moisés aberto pela esquerda, e, assim, neutralizou as subidas de Léo e os constantes ataques do Furacão pela direita. Por outro lado, Vagner Mancini alterou a sua equipe para o 4-2-3-1, tendo Zezinho aberto pela esquerda. Este posicionamento aberto do camisa 31 era para equilibrar os lados de ataques rubro-negros, mas a mudança do técnico da Portuguesa surtiu mais efeito em campo. Tanto que foi a equipe paulista que jogou melhor por toda segunda etapa e que acabou finalizando mais neste período.
Atlético no 4-2-3-1 e Portuguesa no 4-4-2 [arte: Caio Gondo]
A Portuguesa, desde o intervalo, foi aumentando a sua pressão a cada substituição que fazia. Ao mesmo tempo que o time adversário melhorava em campo, Vagner Mancini foi buscando melhores alternativas ofensivas para que o seu time conseguisse fazer um gol para decidir a partida. As entradas de Roger, Marco Antônio e Douglas Coutinho nos lugares de Éderson, de Zezinho e de Marcelo mostraram esta intenção ofensiva de Vagner Mancini.
Porém a entrada do atacante Jean Mota no lugar do volante Correa, aos 35, fez com que a Portuguesa jogasse no 4-2-4 e atacasse com ainda mais jogadores. Deste modo, o time paulista passou a atacar com mais perigo ao gol de Weverton, mas, apesar de tanta emoção, o placar acabou somente em 1 a 0.
Cenário que terminou a partida [arte: Caio Gondo]