O advogado Domingos Moro, espera um julgamento muito difícil para o Atlético sexta-feira no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelos incidentes que ocorreram no clássico com o Coritiba no dia 6 de outubro. O Furacão será julgado em oito denúncias, sendo as principais a briga entre as facções Fanáticos e Ultras, a queda do alambrado da reta do relógio que atrasou o início do segundo tempo em 11 minutos -, e o isqueiro lançado no campo contra os jogadores do Coritiba.
Imagino que não vamos ter um resultado ideal, já que algumas denúncias são muitos difíceis de se contornar, como o atraso do reinício da partida, avalia o advogado do Atlético, que está no Rio de Janeiro desde quinta-feira e se dedica à defesa deste caso há dez dias.
O Furacão foi denunciado em quatro artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Para tentar amenizar uma possível punição que pode ser a perda de até dez mandos de jogos -, o advogado vai enfatizar ao tribunal todas as medidas que a diretoria tomou para punir os responsáveis pelos incidentes e, principalmente, de prevenir que novas confusões aconteçam novamente nas partidas.
O Atlético tomou uma série de medidas de imediato, como a setorização do estádio, para que os torcedores não circulem e causem transtornos, o afastamento da torcida em relação ao alambrado, que foi reestruturado, e o reforço no número de seguranças, aponta Moro.
Além disso, o representante rubro-negro reforça que o próprio clube registrou queixa na delegacia móvel do estádio contra alguns dos torcedores que brigaram. Os brigões, que, segundo Moro seriam mais de dez, também foram identificados e tiveram os cartões de sócios suspensos. Vou fazer um histórico disso tudo e entregar ao tribunal, aponta.
Para amenizar a pena, Moro tenta também reforçar o time de testemunhas que vão depor no STJD. A expectativa é de poder levar ao Rio alguns oficiais da Polícia Militar que se reuniram com os dirigentes rubro-negros semana passada para comprovar que o Atlético realmente tomou medidas severas.
Expectativa
Se por um lado as denúncias contra o Furacão são pesadas, por outro o advogado do clube se apega ao fato de o processo ter sido despachado para a mais nova comissão do STJD. Formada esse ano, a 5ª Comissão Disciplinar do STJD tem, segundo Moro, um entendimento diferente das outras comissões.
Vou argumentar com eles que a perda de mando de jogos não tem gerado resultados, já que os clubes são punidos, mas as brigas continuam mesmo assim, ressalta. Essa comissão ainda não julgou casos como esse, portanto ainda não tem um entendimento consolidado sobre isso, o que é bom, já que em outras comissões nós sabemos quais são os parâmetros dos auditores, complementa Moro.
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