Análise do jogo: Mais três pontos para a Libertadores
Depois do anúncio de que Paulo Baier renovou com o Furacão, tudo parecia estar propício para ser só alegria contra o Atlético-MG. Porém, assim que começou a partida, os torcedores rubro-negros viram que não seria tão fácil.
O Atlético-MG veio até Curitiba querendo, pelo menos, um ponto. Para tal, o 4-2-3-1 do Galo iniciou a partida marcando da mesma maneira que muitos times de Cuca marcam: individualmente. Os dois meias mineiros de lados do campo marcavam os laterais rubro-negros, Diego Tardelli acompanhava Bruno Silva, Leandro Donizete grudou no Paulo Baier e Éverton encontrava com algum marcado aonde quer que ele fosse. Se o camisa 22 do Furacão fosse para a esquerda, havia Marcos Rocha esperando-o. Se atacasse pelo meio, lá estava Josué. Desta maneira, o 4-3-1-2 de Vagner Mancini não conseguia jogar.
Atlético-PR no 4-3-1-2 sendo marcado individualmente pelo 4-2-3-1 do Atlético-MG [arte: Caio Gondo]
Com o Atlético-MG apresentando intensidade de marcação somente em sua intermediária defensiva, o Atlético-PR conseguiu, muitas vezes, subir até o ataque, mas não finalizava com perigo à meta de Giovanni. Neste cenário, o Furacão, por quase todo o jogo, ficou com a posse bola (terminou com 55%) e tentou abrir o sistema defensivo mineiro à sua maneira. Tendo em vista a média rubro-negra, vejam como os números dos fundamentos abaixo foram parecidos:
Tabela relacionando a maneira de jogo do Furacão contra o Atlético-MG e no Campeonato Brasileiro [arte: Caio Gondo]
Além destes números evidenciando o modo de jogo rubro-negro, o Furacão também manteve a interessante compactação dos últimos jogos e a grande intensidade de marcação. Porém, a manutenção rubro-negra teve início de quebra quando Pedro Botelho apresentou uma lesão muscular, e terminou quando tanto os jogadores do Atlético-MG quanto os do Furacão começaram a se preocuparem mais em brigarem do que jogarem.
Com a partida voltando a ser jogada, o Galo apresentou uma melhora do minuto 40 até o fim do primeiro tempo. Pois avançou o seu time e passou a pressionar desde a saída de bola rubro-negra. Tendo a impressão do fim da primeira etapa, Vagner Mancini não realiza substituição, mas alterou as movimentações ofensivas dos seus meias. Invés de Paulo Baier atacar pela meia direita, ele passou a se projetar para outros espaços no campo. Já Éverton, passou a se projetar para a meia direita. Como a marcação mineira era individual, o Maestro tirou Leandro Donizete do setor, e, assim, abriu um espaço enorme para Éverton jogar.
Como Leandro Donizete estava acompanhando Paulo Baier, ele demorava a dar combate em Éverton naquele setor [arte: Caio Gondo]
Com Éverton jogando facilmente pela meia direita, o camisa 22 criou 2 boas oportunidades e causou a expulsão de Alecsandro. Com um jogador a mais em campo, Vagner Mancini, que já havia colocado Douglas Coutinho no lugar de Éderson minutos antes, colocou Roger no lugar de João Paulo, aos 30. Com um a menos e um atacante a mais para marcar, o Atlético-MG acabou sofrendo o gol, aos 40. Gol de Roger depois de uma bela assistência de Paulo Baier.
Já no fim da partida, Marcos Rocha é expulso após cometer uma falta em Maranhão e Cuca colocou em campo Neto Berola, aos 45, no lugar de Fernandinho.
Cenário do término da partida [arte: Caio Gondo]