31 out 2013 - 1h50

Mancini: “Vantagem só é válida quando você sabe usá-la”

Depois da importante vitória sobre o Grêmio nesta quarta-feira (30), no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, o técnico Vagner Mancini tratou de avaliar o desempenho de sua equipe e analisar o resultado:

“Nós estamos satisfeitos não só por ter vencido, mas também pelo desempenho da equipe. A equipe acabou mandando no jogo os 90 minutos e foi merecedora da vitória” disse em entrevista à Rádio CAP.

Contido, porém, Mancini destacou que é preciso jogar com sabedoria e saber usar a vantagem obtida para não ser surpreendido na segunda partida:

“O Atlético não vai ficar lá atrás, esperando. Eu acho que tem que ter um poder de marcação forte, mas a gente sabe que se nós fizermos um gol lá, a gente vai obrigar o Grêmio a ter que fazer três. Então essa vantagem ela só é válida quando você sabe usá-la, né? Se o Atlético chegar na Arena e quiser jogar defensivamente, certamente vai dar chance ao Grêmio pra que faça o seu gol , e aí a sequência do jogo torna-se muito mais difícil do que se ele tiver uma postura de uma equipe que quer sair, que quer chegar à final. Então a postura do Atlético tem que ser de uma equipe que vai pra jogar futebol.”

O treinador comentou sobre a ausência de Marcelo e a opção por Dellatorre, que acabou decidindo a partida:

“O Dellatorre já está acostumado. Acabou ficando um pouco aí, um tempo afastado em função de uma pequena lesão. Voltou, voltou bem, né? É um atleta que tem nos ajudado bastante.”

Mancini, no entanto, destacou que espera ter de volta na próxima partida os jogadores que desfalcaram a equipe no primeiro jogo e confirmou que atletas que ficaram de fora devem retornar ao time:

“Eu espero que no jogo de volta a gente possa contar com todo o elenco, porque obviamente aí o Atlético vai mais forte (…) Hoje a gente tinha um certo risco, então por isso nós optamos em jogar com uma equipe diferente, até pra que na segunda partida, que nós esperávamos que fosse dessa forma mesmo, que nós tivéssemos a vantagem, que eles voltassem. Então a chance de eles jogarem é muito grande”, afirmou.

Outra mudança no time e que causou surpresa a todos foi a entrada de Zezinho no lugar de João Paulo, que foi explicada por Mancini, que a aprovou:

“O Zezinho acabou fazendo duas funções em campo, no início do jogo como um volante e posterior a gente acabou fazendo a inversão, o Juninho jogando por dentro, fazendo a marcação em cima de um dos meias e liberando mais o Zezinho, que era exatamente a função que eu imaginava, que dentro do jogo sobraria espaço pra ele, por isso a opção de sair com o Zezinho. O João Paulo é um atleta mais de contensão, é um volante mais de pegada, que tem um bom passe também, que tem um passe longo, mas o Zezinho além de me dar a bola alta, também é um atleta que tem uma saída para o jogo muito interessante, né? Então acho que, nesse sentido, deu o encaixe que eu esperava, felizmente. Muitas vezes a gente pensa naquilo que pode acontecer no jogo e a leitura do jogo é outra, mas hoje, felizmente, deu certo”, analisou.

O técnico ainda destacou o comportamento da torcida que, segundo ele, contagia os atletas e faz com que todos busquem uma “força extra” para corresponder o carinho que emana das arquibancadas e até mesmo de fora do estádio:

“A torcida tem nos incentivado, ela tem jogado junto. É muito difícil você vir enfrentar o Atlético aqui. A torcida faz muito barulho, canta o tempo inteiro e isso aí de certa forma acaba tirando de cada jogador aquela força extra que é necessária, às vezes, em certos lances, na hora que você está decidindo vaga, na hora que você está numa final. Porque uma semifinal não deixa de ser uma final também, né, porque você vislumbra a sua equipe chegando à final. Então é importante que nós tenhamos o torcedor ao nosso lado, jogando junto com a equipe. E hoje, mais uma vez, ele está de parabéns porque fez exatamente aquilo que nós esperávamos, desde a chegada ao estádio até o último minuto de jogo”, completou.



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