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4 nov 2013 - 11h23

Sou Elias Cordeiro, um Atleticanólatra!

Infelizmente não pude ir ao jogo contra o Internacional na Vila Capanema, a Dona Bronquite não me deixou ir. Ela vem de uma herança genética por parte da minha avó materna, e sempre resolve me atazanar nos momentos mais inapropriados. Ontem ela decidiu que iria atrapalhar meus planos. Não podendo ver o jogo “in loco”, tive de ficar “loco” em frente à televisão mesmo. Gritos, chutes, xingamentos, palmas e cânticos de guerra, foram ouvidos no meu quarto.

Nada há que possa mexer mais com meu emocional que o Atlético Paranaense. Não uso drogas, não fumo, não bebo nenhuma substância que contenha álcool, não gosto de tomar remédios, mesmo aqueles que se fazem necessários, sou bom de cama – “deito e durmo” – não tenho insônia, não uso remédios para dormir, enfim, procuro ter uma vida normal, adepta às coisas naturais. Talvez aí esteja a razão do meu bem estar, sem ter dificuldades para dormir e sem ter medo do futuro.

Tudo muito bom, as coisas indo muito bem, até o momento em que o Atlético Paranaense entra em cena. Aí ele me derruba. Desta dependência eu ainda não consegui me livrar. Eu sou um Atleticanólatra. Houve momentos em minha vida em que jurei que iria queimar meus smarts, camisas, eu queria me livrar de todas as coisas que me fizessem lembrar o Furacão. Nesses momentos eu sempre dizia para mim mesmo: quero me livrar, faria tudo para me curar desta dependência, mas como?

Vocês, como atleticanos, sabem muito bem o que é acordar nas segundas-feiras com gosto amargo na boca, com uma sensação horrível, semelhante às ressacas que tive ao longo de muitos anos da minha vida. A Ressaca da “manguaça” é terrível! Acorda-se com a sensação de que uma espada afiada e pontiaguda penetra por um lado da cabeça e sai pelo outro lado. Bom mesmo seria ficar sem ressaca, mas não conseguia, embora não tivesse feito uso do álcool há mais de 30 anos.

Vocês podem estar pensando, se há mais de três décadas o cara não bebe nada de álcool, como pôde ter sentido ressaca? É, caros amigos, a ressaca minha era proveniente do porre de emoções negativas que o Atlético Paranaense me proporcionava.

Hoje, dia 04/11/13, segunda-feira, despertei sem ressaca. Acordei livre, coração aberto, feliz e todo contente com o que via ao meu redor. Não será preciso nenhuma análise mais profunda para se descobrir o porquê de eu ter acordado sem ressaca. Ontem não bebi, não fumei, não usei nenhuma droga, e o meu amado Furacão me despertou uma vontade de viver intensamente esta segunda-feira, mesmo que ela tivesse vindo com esse jeitão curitibano: cinzenta, fria e chuvosa. Amo a vida. Amo-a muito mais ainda quando o Atlético Paranaense auxilia neste sentido, como se deu hoje.

Isto quer dizer que o Atlético Paranaense deverá ganhar sempre para que eu possa ser feliz? Não, absolutamente não é assim, embora também o seja. Livrando-se do jeito irônico, eu diria que para que eu seja feliz e equilibrado emocionalmente, o Atlético Paranaense deverá ser, sempre, como foi ontem: um time aguerrido, valente, lutador que não se entrega nunca, e que a sua obstinação pelo vencer esteja aliada à técnica, pelo menos o suficiente para que não sintamos vergonha. Enfim, o Atlético Paranaense deverá sempre nos encher de orgulho. O Furacão de hoje me dá um porre de orgulho e não me provoca mais ressacas.

Para finalizar eu diria que não devemos entrar em leilão, concordo. Mas não devemos deixar passar em branco a oportunidade de continuarmos com o Everton em campo. Até porque o menino Everton sabe que em nenhum outro time do Brasil ele encontrará a estrutura e o ambiente que tem aqui.

No ano de 2014 teremos a Arena FIFA concluída. Deverá ser um ano de grandes investimentos, conforme palavras ditas pelo Sr. Mario Celso Petraglia (eu as tenho guardadas em vídeo). Espero que ele cumpra o que prometeu. Tirar Everton do time nos trará grandes prejuízos. Não é sempre que se encontram canhotinhas com o talento que ele tem.

E no mais, saudações rubro-negras! Estamos com duas frentes de trabalho para conseguirmos o mesmo objetivo, completamente diferente do sonho de consumo dos coxinhas que é o de se manter desesperadamente na elite do futebol brasileiro. É, o mundo dá muitas voltas, ano que vem eles serão pentacampeões, e dá-lhe Ruralzão.



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