6 nov 2013 - 13h47

Adauto: "O Atlético é o time que nunca desiste"

A torcida atleticana com certeza guarda boas recordações do atacante Adauto, reserva no time de 2001, ano em que o Furacão conquistou o maior título de sua história. Seu melhor momento foi na temporada seguinte, quando em uma atuação fora de série ajudou o Atlético a golear o Grêmio, em pleno Estádio Olímpico, por 5 a 1, durante a Copa Sul-Minas. Três gols foram dos pés de Adauto, que hoje relembra o duelo e dá conselhos para a equipe de Vagner Mancini chegar à final da Copa do Brasil.

Tite, então técnico do Grêmio, viu Adauto marcar três gols e mostrar uma camisa com os dizeres. "Eu já sabia" em todos os gols. O jogo contra o tricolor gaúcho foi no dia 20 de abril de 2002, no Estádio Olímpico. A vitória de virada veio em grande estilo para o time campeão brasileiro. Adriano Gabiru e Alex Mineiro também anotaram na goleada. O jogo era o da ida e na segunda partida, em Curitiba, o empate em 1 a 1 classificou o Atlético para a final.

Depois que saiu do Furacão, onde também esteve presente no tricampeonato paranaense em 2000/01/02, Adauto viveu dois anos e meio na República Tcheca, onde teve se tornou o principal atacante do país no campeonato tcheco, sendo eleito por duas vezes o melhor jogador da temporada pelo Slavia Praga. Retornou em 2006 para o Brasil, passando por Santa Cruz e Ponte Preta. No ano seguinte foi contratado pelo Zilina, da Eslováquia. Sua última experiência no futebol foi no Adega, time da zona leste paulista, que participou da Copa Kaiser. Atualmente, ele tem uma escolinha de futebol em Santo André.

Veja abaixo a entrevista exclusiva de Adauto para a Furacao.com:

Como foram os preparativos para aquela partida?
Os preparativos foram da melhor forma possível com um treinador corajoso, o qual nos transmitia confiança total de que éramos capazes de vencer qualquer time tradicional dentro ou fora de casa. O restante dependia somente o elenco em colocar em prática aquilo que sabíamos de
melhor.

O Grêmio sempre teve a fama de "time copeiro", quais fatores foram usados naquela época para superar o adversário e que podem ser novamente usados pelo clube este ano?
O fator principal daquele momento foi a concentração e o equilíbrio emocional de todos os jogadores, porque a diferença começamos a ter quando o Fábio Baiano foi expulso e a nossa equipe continuou na mesma concentração. Depois disso conseguimos encontrar o primeiro gol com o Gabiru e logo em seguida o Flávio pegou o pênalti do Zinho. Aí tivemos uma reação imediata e conseguimos uma grande vitória.

E este ano, o que você acredita que o Atlético pode fazer para ter novamente a sorte grande jogando lá?
Acredito em um Atlético moderno renovado e com uma força de ataque muito rápido, além de um treinador moderno e competente para instruir esses jovens e experientes atletas a buscar uma vitória em Porto Alegre.

Você tem acompanhado o Atlético? O que acha do time?
Sim, tenho acompanhado o Atlético Paranaense no Brasileiro e na Copa do Brasil. Acredito que agora o Vagner Mancini tem colocado a equipe de acordo com o que o futebol hoje tem exigido, por isso tem dado certo.

Está torcendo pelo Furacão na semifinal da Copa do Brasil?
Minha torcida sempre será em prol do Atlético. Sou muito grato ao clube por ter me dado a oportunidade de aparecer para o futebol nacional e internacional.

Que mensagem você gostaria de passar para os jogadores e para os torcedores do Atlético para esta semifinal?
A mensagem é de que tudo se torna possível a partir do momento em que temos a oportunidade de colocar em prática aquilo que temos feito de melhor. Aos torcedores que não tiveram em Porto Alegre em 2002 vale a pena estar lá hoje porque os atletas precisam do incentivo de todos vocês. O Atlético é o time que nunca desiste!



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