O ano começou com incertezas para os torcedores atleticanos. O Furacão voltava à Série A sem saber o que poderia reservar aos rubro-negros dentro de campo. Logo no dia 3 de janeiro, o diretor de futebol, Antonio Lopes, de volta ao clube, decretava: O torcedor pode esperar um Atlético forte e um Atlético que seja capaz de buscar títulos de todas as competições em que participar. A declaração impactou até os torcedores menos esperançosos, que não sabiam como seria a temporada do Rubro-Negro.
A equipe atleticana se reapresentou no CT do Caju no dia 3 de janeiro e teve o primeiro contato com bola no dia 6. Durante a pré-temporada, já se sabia que o time principal iria demorar a entrar oficialmente em campo, pois a participação no Estadual ficaria a cargo da equipe Sub-23 do Atlético. Também na primeira semana do ano, o clube confirmou que os jogos do time no Paranaense não seriam transmitidos pela RPC TV. Na ocasião, a diretoria alegou que os valores oferecidos pela emissora eram baixos.
Enquanto o Sub-23 se preparava para estrear no Estadual, o elenco principal do Atlético fazia parte de sua pré-temporada na cidade de Benahavis, província de Málaga, na Espanha. Foi lá que entre os dias 1º e 12 de fevereiro, o Rubro-Negro disputou a Marbella Cup, competição que reúne várias equipes europeias que também estavam em período de preparação.
O primeiro reforço para a temporada foi anunciado no dia 12 de janeiro. Tratava-se do meia atacante Maranhão, vindo do Cruz Azul, do México. Por outro lado, o clube rescindia o contrato do atacante Nieto, começava as negociações com o meia Everton, que estava na Coréia do Sul, e contratava o volante Elivélton, ex-Vasco, para reforçar o Sub-23.
Tendo como base uma equipe mais jovem, o Atlético foi eliminado na segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, no mata-mata, pelo Mogi Mirim. Fora de campo, o clube anunciou a vedação de entrevistas durante os jogos no dia 20 de janeiro. Com a nova regra, jogadores e profissionais da comissão técnica do clube ficaram proibidos de conceder entrevistas a veículos de imprensa antes do início, no intervalo e ao término dos jogos.
Polêmicas à parte, o Atlético estreou no Paranaense empatando com o Rio Branco, no Ecoestádio Janguito Malucelli. Comandado pelo técnico Arthur Bernardes, o primeiro gol da temporada foi anotado pelo atacante Pablo. Falando em atacante, no dia 21 de janeiro o empresário do atacante Ciro, que estava no Bahia, confirmou acerto com o Furacão, e o atacante Éderson era reincorporado ao elenco, a pedido do então técnico Ricardo Drubscky. Destaque nos jogos treinos, o jogador que iria ser o artilheiro do Atlético no Brasileirão estava no ABC e teve seu contrato renovado até 2015.
O Atlético anunciou na primeira semana de fevereiro a contratação do lateral-direita Léo, que estava no Vitória. No dia 10 o time de Ricardo Drubscky vencia a Marbella Cup, com gol de Marcão sobre o Dínamo Bucareste, da Romênia. Antes, o Furacão já havia derrotado o Ludogorets Razgrad, da Bulgária, e o Dínamo de Kiev, da Ucrânia. Um dia depois o Furacão anunciou a chegada do espanhol Fran Mérida, que estava no Hércules, e foi revelado nas categorias de base do Barcelona.
A primeira partida oficial da equipe principal foi diante do Brasil de Pelotas, no começo de abril, após 90 dias de pré-temporada. O Furacão venceu por 1 a 0, com gol de Elias, naquele que seria o primeiro passo até chegar à final da competição. O jogo também foi marcado pela estreia de Fran Mérida e Douglas Coutinho na equipe principal.
Já o reencontro com a torcida, no Janguito, foi no dia 17 de abril, após 143 dias desde o jogo do acesso à Série A, contra o Paraná. Com gols de Paulo Baier e Everton, o Rubro-Negro despachou o time de Pelotas. Enquanto isso, no dia 21 daquele mês, o Sub-23 derrotava o Coritiba por 3 a 1, com gols de Edigar Junio, Zezinho e Crislan, carimbando vaga na final após ter vencido o segundo turno. Fora das quatro linhas, Atlético e Paraná selavam acordo no final de abril para a utilização da Vila Capanema e da Vila Olímpica para os jogos do Furacão no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.
Furacão no Atletiba [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
Depois de vencer o segundo turno, a equipe do técnico Arthur Bernardes fez a final com o Coritiba. A primeira partida terminou empatada em 2 a 2, na Vila Olímpica, e a segunda no Couto Pereira, acabou com vitória do time da casa por 3 a 1. Mesmo com a perda do título, a piazada do Sub-23 honrou a camisa rubro-negra e saiu de campo de cabeça erguida, agradecendo o apoio da torcida atleticana. O atacante Douglas Coutinho se consagrou como o artilheiro do time no Estadual, com 11 gols.
No retorno à Série A, o Furacão estreou perdendo no Brasileiro para o Fluminense, por 2 a 1, mesmo jogando bem. O primeiro gol do time no campeonato foi marcado pelo zagueiro Manoel. Após cinco rodadas, o campeonato foi paralisado em função da disputa da Copa das Confederações, algo criticado pelo técnico Ricardo Drubscky e pelo preparador físico Moraci SantAnna. Com o melhor ataque a pior defesa, o time fechou junho com apenas cinco pontos ganhos em 15 disputados, um aproveitamento de apenas 33%.
Na volta, o Atlético empatou em 1 a 1 com o Grêmio e acabou entrando na zona de rebaixamento. Dias depois, o clube anunciou a demissão do técnico Ricardo Drubscky, com 66% de aproveitamento, do comando da equipe atleticana. Em seu lugar foi contratado o treinador Vagner Mancini, anunciado no dia 10 de julho. Curiosamente, 69.5% dos torcedores, em enquete da Furacao.com, não aprovavam a chegada do técnico. Na mesma semana, o time, comandado por Alberto, perdeu por 1 a 0 para o Coritiba no Couto Pereira.
Em baixa no Brasileiro, o Furacão enfrentou o Paysandu na primeira partida da terceira fase da Copa do Brasil. Na estreia de Mancini, um empate sem gols no norte do país. Enquanto Djalma Santos falecia aos 84 anos, o Rubro-Negro eliminou o Papão, por 2 a 1, e seguiu na competição. Já no Brasileiro, a equipe começou a reação ao vencer, de virada, a Portuguesa, quebrando o tabu de nunca ter vencido no Canindé, e ao derrotar o Atlético-MG, então campeão da Libertadores, por 2 a 1, também de virada, no Independência. A primeira vitória atleticana em casa só veio na 11ª rodada, contra o Goiás. Em duas semanas, o Furacão saltou da 18ª para a 8ª posição. A arrancada atleticana só parou no Cruzeiro, que brecou a invencibilidade rubro-negra, que durou 13 partidas.
Enquanto isso, o Furacão despachou o Palmeiras, pela Copa do Brasil, mesmo após perder a primeira partida no Pacaembu, por 1 a 0. Quatro dias depois, o Atlético entrava pela primeira vez no G4, após derrotar o Botafogo em casa por 2 a 0, na 16ª rodada, algo que não era visto desde a 35ª do Brasileiro de 2010. Na partida de volta pela Copa do Brasil, a equipe de Mancini eliminou o Porco após uma bela vitória por 3 a 0.
Éderson e Paulo Baier festejam em Atlético x Palmeiras [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
A vitória sobre a Ponte Preta, por 1 a 0, colocava o Rubro-Negro na terceira colocação. Já pela Copa do Brasil, o Atlético buscava chegar pela primeira vez às semifinais jogando contra o Internacional. Com dois jogadores a menos, o time ficou em 1 a 1 na partida em Novo Hamburgo. No Brasileiro, a equipe era derrotada por 5 a 3 para o Vitória, em partida movimentada que marcou a perda da invencibilidade na Vila Capanema. Duas rodadas depois, o Furacão derrotava o Coritiba em casa, por 2 a 1, com dois gols de Paulo Baier. Foi nesta partida que o jogador informou que o clube não renovaria seu contrato para o próximo ano. Dias depois, o presidente Mario Celso Petraglia confirmou a informação. No entanto, a iminente saída do ídolo causou uma ampla mobilização dos atleticanos, que nas redes sociais e também na partida contra a Lusa pediram a manutenção do jogador. Três partidas depois, contra o Galo, o clube divulgou que renovou o contrato do maestro para 2014, em comunicado no site oficial. Na ocasião, 91.6% dos torcedores atleticanos, em enquete da Furacao.com, aprovaram a renovação do vínculo de Baier.
Paulo Baier foi o cara do Atletiba [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
No jogo de volta com o Inter, o empate em 0 a 0 classificou o Furacão para a semifinal da Copa do Brasil. Fora de campo, cresciam os boatos que a Seleção da Espanha poderia fazer do CT do Caju sua sede durante a Copa do Mundo 2014. E o Furacão enfrentou mais um gaúcho na Copa do Brasil. Em Curitiba, placar de 1 a 0, com gol de Dellatorre. Já no jogo de volta, o 0 a 0 em Porto Alegre classificou o Atlético para a inédita final da competição.
Dellatorre marcou contra o Grêmio [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
Antes de duelar com o Flamengo, o Atlético foi goleado pelo Botafogo por 4 a 0. Na grande final, o Furacão ficou no empate em 1 a 1 na Vila Capanema, diante de mais de 16 mil torcedores. Antes da finalíssima, o Rubro-Negro goleou o Náutico por 6 a 1 e retomava a vice-liderança. No dia 27 de novembro, na final da Copa do Brasil, o Furacão acabou sendo derrotado no Rio de Janeiro por 2 a 0. Mesmo assim, a torcida atleticana, com 7 mil vozes, calou e deu show no Maracanã.
Marcelo tenta se livrar da marcação na final da Copa do Brasil[foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
Após perder o título, o Rubro-Negro voltou as atenções para o Brasileiro para, então, carimbar a vaga na Libertadores da América. Na penúltima rodada, foi derrotado pelo Santos em São José do Rio Preto, perdendo o segundo lugar para o Grêmio. Na última rodada, a tão sonhada vaga foi conquistada, após golear o Vasco por 5 a 1 e garantir a terceira colocação para o Atlético. A partida ficou marcada negativamente pelas cenas de selvageria nas arquibancadas da Arena Joinville, com confronto violento entre as torcidas organizadas do Atlético e Vasco. A briga, que teve repercussão mundial, rendeu ao clube a perda de 12 mandos de jogos, sendo seis com portões fechados na próxima temporada.
Com o Brasileirão encerrado, o Furacão teve o atacante Éderson como o artilheiro da competição, com 21 gols, além de Marcelo como revelação, e Paulo Baier e Manoel na seleção do campeonato. Fora de campo, o Atlético conheceu seu adversário na pré-Libertadores, o Sporting Cristal, do Peru. Enquanto isso, os torcedores viram o atacante Adriano desembarcar em Curitiba para iniciar recuperação no CT do Caju, acompanhou a confirmação que Espanha, Rússia, Equador, Austrália, Argélia e Honduras jogarão no estádio do Furacão na Copa 2014, e acompanharam a decisão da diretoria em não renovar mais com o meia Paulo Baier para 2014. O mesmo aconteceu com o técnico Vagner Mancini, que não teve o contrato renovado, apesar de 90.9% dos torcedores, segundo enquete da Furacao.com aprovarem a extensão do vínculo.
Éderson foi o artilheiro do Brasileirão [foto: FURACAO.COM/Joka Madruga]
E teve mais: o Furacão viu o Flamengo cobrir a proposta pelo meia Everton e anunciou o sérvio Petkovic como responsável pelas categorias de base do Furacão e técnico do Sub-23.
Que venha 2014!