Sou um viciado em Baixada desde 1994, quando foi inaugurado o Farinhacão. Treinei futsal no velho ginásio, bati bola com o ex-goleiro Gilmar na Baixada fechada e aos pedaços, fui dos Amigos do Mirante de 1997 a 1999, estava na inauguração e no último jogo…

Me sinto no direito, portanto, de me achar um pouco dono daquele pedaço de chão. Mas to cansado. Saudoso e esperançoso, busco informações e fotos diariamente em qualquer veículo de comunicação que esteja falando 1 linha sequer sobre a minha querida Arena. Quem aqui não faz exatamente o mesmo? Portais da Copa do Mundo, sites de esportes e ficar apertando o F5 no site CAP/SA fazem parte da minha rotina, inclusive no trabalho. Sou doente? Talvez.

Hoje, 20 de janeiro, algumas notícias me deixaram muito preocupado. E acho que também deveria te deixar. O secretário-geral da Copa virá nesta 3ª feira à nossa capital. Já solicitaram aumento no contingente na semana passada. Pra ajudar ainda mais, a CAP/SA fez a última atualização no dia 30/11, com as obras em cerca de 89% (hoje, talvez, as obras estejam em 92% ou 93%). Arena da Dunas está finalizada, Beira Rio já tem jogo esse mês, Amazônia e Pantanal já passaram de 95% e hoje saiu uma atualização do Itaquerão: 97% finalizado.

Já tem gente falando que a OAS tá doidinha pro CAP e Curitiba ‘perderem’ a Copa pra que os jogos daqui sejam transferidos para Porto Alegre. Some a isso o fato do Governo do Paraná e da Prefeitura de Curitiba não estarem nem aí para o Mundial (o governo do estado não possui nem um site para o mundial), e o cenário fica ainda mais nebuloso.

Quem já leu texto escritos por mim, sabe que sou um otimista nato. Não me venham com essa de lado A ou lado B, Petraglia ou MM. Isso não me interessa. O que me preocupa é o tempo passando e a Arena visivelmente crua. Cobertura está quase concluída? Sim está. Mas e os serviços internos de acabamento? Sabe Deus, pois faz tempo que não vejo uma foto sequer. E a fachada? Os acabamentos do prédio metálico? A finalização do estacionamento? O fechamento das antigas saídas para o campo? São muitas interrogações.

Não consigo pensar no jogo, no time. Libertadores? Não estou nem um pouco preocupado. São três resultados possíveis para o jogo. Se der ótimo, se não der vida que segue. O que me preocupa é nosso estádio, nossa imagem e nosso poder de investimento no futuro.