Mario Celso Petraglia faz 70 anos
O presidente do Clube Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, está comemorando 70 anos de idade nesta terça-feira. Nascido em Cruzeiro do Sul, no Rio Grande do Sul, a 11 de fevereiro de 1944 fruto da união dos uruguaios José Benito Petraglia e Maria Etlin, Mario Celso mudou-se com toda a família para Curitiba ainda na infância. Quando garoto, morou na atual Rua Petit Carneiro. Foi pela proximidade da Baixada que o Atlético entrou em sua vida, ainda antes dos 10 anos de idade. Como não tinha dinheiro para ir aos jogos, costumava pular as cercas do estádio para ver o Rubro-Negro jogar.
Estudou contabilidade no Colégio Bom Jesus e Direito na Faculdade de Direito de Curitiba. Trabalhou como entregador e, depois de formado, montou um escritório de advocacia especializado em Direito Tributário. Em 1961, tornou-se gerente administrativo da Enco, empresa que anos depois deu origem à Inepar. Foi vice-presidente da empresa por mais de vinte anos.
Mario Celso Petraglia virou dirigente do Atlético em 1984, a convite do então presidente Valmor Zimermann, um dos criadores da Retaguarda Atleticana. Apesar de sua participação como diretor financeiro na década de 80, sua figura tornou-se conhecida da grande massa atleticana apenas dez anos depois, quando liderou um grupo de atleticanos que reestruturaram o clube. O momento marcante foi o famoso Atletiba dos 5 a 1 de 1995, no Couto Pereira. "Fui com meus filhos assistir a esse jogo e ao ver a torcida cantar nosso hino, apesar de estarmos perdendo por 3 a 0 no intervalo, resolvi que não dava mais para aguentar", contou Petraglia em uma entrevista à Revista do Atlético, em 1996.
Ainda em 1995, assumiu a presidência do Atlético. Logo no primeiro ano de gestão, o clube foi campeão brasileiro da Série B e conquistou o acesso para a Primeira Divisão. Dois anos depois, enfrentou uma crise no episódio conhecido como "Escândalo Ivens Mendes". Afastou-se da presidência, mas não da direção do Rubro-Negro.
Nos anos seguintes, o Atlético conquistou títulos estaduais e inaugurou a Arena da Baixada e o CT do Caju, além de ter disputado pela primeira vez a Libertadores da América. Em 2001, quando Petraglia era diretor de marketing, o Furacão chegou ao título brasileiro. Ele voltou à presidência na gestão 2002-2003. Entre 2004 e 2008, foi presidente do Conselho Deliberativo do Atlético.
Afastou-se da gestão do clube durante o mandato de Marcos Malucelli, entre 2009 e 2011. No final de 2011, foi eleito presidente do Atlético com 67% dos votos dos sócios. No primeiro ano do novo mandato, o clube conquistou o acesso à Série A. No segundo ano, a equipe foi vice-campeã da Copa do Brasil e terceira colocada do Campeonato Brasileiro, conquistando uma vaga para a Libertadores da América.