Danillo Ribeiro

Na primeira partida da fase Quartas de final do Paranaense Chevrolet 2014 a equipe Sub-23 do Atlético recebeu o Paraná Clube no Ecoestádio. Acatando decisão da Polícia Militar, a partida teve torcida única. Mesmo com o apoio de 100% dos presentes nas arquibancadas do Janguito o Sub-23 perdeu por 2 a 1 e agora se complicou na disputa da competição.

Defesa perdida e pouca inspiração no ataque

O Atlético foi à campo para tentar apagar a péssima imagem deixada no jogo do último final de semana, mas mesmo com várias mudanças e jogando com o mando de campo a equipe iniciou a partida sem exercer pressão no adversário, perdendo as jogadas do meio-campo e nas laterais.

Aos 8 minutos, Sidcley perdeu a bola próximo à grande área, o lateral paranista fez o cruzamento e Ricardo Silva cortou o lance de forma bizarra. A bola sobrou nos pés de Lúcio Flácio na entrada da área que, livre de marcação, apenas teve o trabalho de escolher o canto em que ia colocar a bola. Chute indefensável para Rodolfo e gol do adversário.

Após o lance, boa parte da torcida resolveu vaiar Ricardo Silva todas as vezes que o zagueiro pegava na bola ao invés de apoiar a equipe, que precisava do incentivo das arquibancadas para encurralar o Paraná no seu campo.

Sem inspiração de seus meio-campistas e com vários outros erros do setor defensivo, o Paraná continuou a levar perigo em todas as jogadas ofensivas. O Rubro-Negro até tentava em chutes de longa distância, mas estes ou tinham a direção da linha de fundo ou chegavam fracos às mãos do goleiro Marcos.

Aos 33, uma pequena confusão se formou na área paranista após Ricardo Silva acertar o rosto do zagueiro adversário, sem intenção, após uma tentativa de bicicleta. A confusão foi apartada por jogadores de ambos os times.

O jogo seguiu na mesma toada até o final do tempo inicial: o Atlético tentando o ataque, falhando, e nos contra-ataques sofrendo com a ofensiva do Paraná Clube.

Gol, domínio parcial e derrota

A segunda etapa inicou da mesma forma que a primeira terminou: o setor defensivo atleticano dando muito espaço e cometendo erros de passes que geravam contra-ataques, enquanto o setor ofensivo pouco fazia.

A partida dava a impressão de que seguiria no mesmo ritmo, até que aos 22 minutos o Atlético ganhou vida. Após jogada pela esquerda, a zaga paranista rebateu e Hernani pegou o rebote. O volante atleticano bateu de fora da área e acertou o canto do goleiro Marcos, que ficou apenas olhando. Foi o primeiro chute no gol que o Rubro-Negro acertou na segunda etapa.

Com o gol o Furacão subiu de produção, se acertou em campo e passou a ficar mais tempo com a posse de bola, errando menos e, com isso, não dando chances para o contra-ataque adversário. A equipe passou a trocar mais a bola no campo de ataque, mas continuou acertando poucas finalizações. Apenas Marcos Guilherme, em chute de fora da área, levou real perigo à meta do Paraná.

A reação atleticana durou apenas 10 minutos. Após Otávio perder a bola no meio-campo, a ofensiva paranista fez o que quis dentro da área, com direito a um-dois no meio de 4 atleticanos, e o lance terminou em um pênalti de Rodolfo, que foi driblado e acertou o atleta adversário. Na cobrança, o falastrão Giancarlo mandou no canto oposto do arqueiro atleticano.

Nos minutos finais o Rubro-negro tentou um abafa, porém, quase sofreu o terceiro nos contra-ataques do Paraná. Inclusive, aos 43 minutos a equipe visitante acertou uma bola na trave. Com o apito final do árbitro, ficou sacramentada a segunda derrota do Sub-23 para o Paraná em uma semana, tendo marcado apenas 1 gol e sofrido 6. No próximo domingo o Atlético vai à Vila Capanema para tentar reverter o resultado e se classificar para a próxima fase.

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