6 abr 2014 - 8h16

Conheça a casa do The Strongest, o estádio Hernando Siles

“Estádio Hernando Siles, onde falta oxigênio, mas não falta paixão.” Parece exagero, mas a descrição feita pelo jornal La Razon ao principal estádio do país é um retrato da realidade. A 3.660 metros do nível do mar, o local, também conhecido como Estádio Olímpico de La Paz, é o estádio mais alto do mundo, que traz reflexos a qualquer adversário que ouse enfrentar os bolivianos neste solo. E é este o palco da partida desta terça-feira (08), entre The Strongest e Atlético Paranaense, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores da América.

Cravado em meio à Cordilheira dos Andes e com o belo visual dos morros andinos à sua volta, o Estádio Hernando Siles foi projetado entre prédios e igrejas antigas da região.

O estádio foi fundado em 1931, na vitória por 4 a 1 do The Strongest sobre o Universitário, e atualmente tem capacidade para 45.000 pessoas. De propriedade do governo boliviano, seu nome é em homenagem ao ex-presidente da Bolívia Hernando Siles Reyes, que dirigiu o país entre 1926 e 1930.

O local é sede dos principais jogos de The Strongest, Club Bolivar e La Paz F.C., todos com sede na capital do país, além de ser a casa favorita da seleção da Bolívia. O estádio foi sede do Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1963 e da Copa América de 1997. Em 1993, foi palco da derrota sofrida pelo Brasil por 2 a 0, em 25 de julho de 1993, na primeira derrota da seleção brasileira em eliminatória de Copa do Mundo.

Aliás, em La Paz, a seleção brasileira não vence pelas Eliminatórias há 33 anos, porém traz uma boa recordação da cidade: na final da Copa América de 1997, o Brasil fez 3 a 1 no rival e ficou com a taça.

As dificuldades de jogar na altitude fez a Fifa tomar uma medida radical em 2007, com a resolução que determinou que jogos internacionais só poderiam ser disputados na altitude máxima de 3.000 metros do nível do mar. No entanto, a entidade não suportou a pressão por parte das autoridades bolivianas, incluindo o presidente Evo Morales, e abriu oficialmente uma exceção ao campo boliviano, que segue sendo um tormento para as equipes que desafiam a altitude de La Paz.



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