O meia-atacante Nathan, 18 anos, foi uma das novidades da relação de 22 jogadores divulgada ontem pelo Atlético Paranaense. São os 22 convocados para o jogo contra o Internacional, sábado às 18h30, em Porto Alegre. O atleta tem contrato encerrando em abril de 2015 e sofre pressão por parte do clube para renovar.
Após não aceitar a proposta inicial do Atlético, Nathan foi movido do grupo principal para o sub-23. Ainda não atuou no Brasileirão.
A inclusão de Nathan na lista de 22 jogadores para sábado ocorreu após uma reunião na quarta-feira. O pai e empresário do jogador, José Carlos, esteve reunido com dirigentes do Atlético, acompanhado do advogado Henrique Caron, o mesmo que defende o zagueiro Manoel. Segundo o blog da jornalista Nadja Mauad, o pai de Nathan questionou o fato do jogador não estar sendo relacionado para os jogos. Uma das preocupações do atleta é que, se não atuar, pode perder lugar na seleção brasileira sub-20. Chegaram a mandar uma carta para o Gallo (Alexandre, técnico das seleções de base) pedindo a liberação do Nathan porque ele seria utilizado pelo Atlético. Mas ele não está ficando nem no banco, afirmou José Carlos.
Diante da situação, o pai de Nathan ainda não decidiu se o jogador viajará com o Atlético para Porto Alegre. Ele vai consultar os advogados para definir.
Nathan foi vice-artilheiro do Brasil no Mundial Sub-17 de 2013, com cinco gols, e o líder em assistências, com cinco passes para gols. Atuou nas cinco partidas da seleção nesse torneio internacional. A boa atuação chamou a atenção do Manchester City e do Arsenal, que chegaram a sondar o atleta.
Agora, o Atlético recebeu uma proposta do Red Bull Salzburg, da Áustria, por Nathan. É uma proposta boa apenas para o Atlético, declarou o pai do jogador.
O clube também pressiona o jogador a aceitar uma renovação automática, por mais dois anos, já prevista no contrato atual. Já estamos conversando com nossos advogados sobre isso. Esse contrato de gaveta não tem validade. Tudo que está acontecendo com o Nathan é porque não conseguimos chegar a um acordo para renovar, disse José Carlos. O pai afirmou ainda que 30% dos direitos econômicos do jogador já foram vendidos pelo Atlético para um grupo de empresários, sem o conhecimento dele e do jogador.