18 maio 2014 - 20h10

Análise do jogo: Imóvel no ataque, Furacão fica no empate

Até então, nenhum time havia jogado com proposta defensiva contra o Atlético. Além de ter tirado o Furacão da zona de conforto, a Chapecoense conseguiu neutralizar o imóvel sistema ofensivo rubro-negro e sair com um empate de Maringá. Para o início desta partida, Miguel Ángel Portugal começou no 4-4-2 em linha e Gilmar Del Pozzo, técnico da Chapecoense, no 4-3-3:

Atlético no 4-4-2 em linha e a Chapecoense no 4-3-3

A Chapecoense do início do jogo até os 24 do segundo tempo, jogou compactado entre o meio do campo e a intermediária defensiva, iniciando a marcação no meio do campo e com o sistema defensivo posicionado no 4-1-4-1. Como o sistema ofensivo rubro-negro não se movimentava à ponto de quebrar a marcação do time catarinense, o Atlético não ameaçava tanto a meta adversária. Mas, ao mesmo tempo que o sistema ofensivo não funcionava, o Furacão não deixava o Verdão do Vale jogar.

A grande quantidade de bolas perdidas pelo sistema ofensivo do Atlético em campo ofensivo foi recuperada rapidamente, através de Deivid e Paulinho Dias. Tanto que Deivid desarmou seis vezes e Paulinho Dias interceptou três bolas, sendo os dois jogadores do Furacão que mais realizaram estes fundamentos. A boa atuação defensiva destes dois volantes foi devido à sincronia das subidas deles com a linha defensiva rubro-negra. Pois toda vez que Deivid e Paulinho subiam ao campo ofensivo para matar a jogada adversária, os defensores atleticanos subiam junto para diminuir o espaço para a Chapecoense. Porém como o sistema defensivo catarinense foi melhor do que o ofensivo paranaense nos primeiros 45 minutos, o primeiro tempo terminou em um empate sem gols.

No intervalo, nenhum dos técnicos realizou substituições, mas o Atlético ficou modificado ofensivamente. Até os 17 minutos do segundo tempo e a entrada de Felipe no jogo, Marcos Guilherme e os dois atacantes se movimentaram de maneira que confundiram o sistema defensivo da Chapecoense. Marcos Guilherme saia do lado direito e passava a atuar como um meia central, já Marcelo ou Éderson saia do centro do ataque para partir para a ponta direita. Deste modo, Rodrigo Biro –lateral esquerda do Verdão do Oeste- não sabia quem marcar. Assim como mostra o campinho tático a seguir:

No campo tático, a movimentação ofensiva que deu certo no começo do segundo tempo.

Entretanto com a entrada de Felipe, o meio de campo passou a jogar com Felipe, Deivid, Paulinho Dias e Marcos Guilherme e, assim, perdendo a mobilidade ofensivo pela direita que o time estava apresentando. Com esta substituição, o sistema ofensivo rubro-negro voltou a ser imóvel e previsível, e a única maneira de fazer um gol era através de uma bola parada. O escanteio cobrado na cabeça de Cleberson, aos 24 do segundo tempo, fez o Atlético abrir o placar.

Com a desvantagem no placar, a Chapecoense passou a atacar mais. O 4-3-3 passou a ficar muito caracterizado, pois quando o time iniciava a transição defesa-ataque, os três atacantes sempre ficavam isolados à frente e longe do restante do seu time. Apesar desta compactação longa do time catarinense, o Atlético tomou um gol de empate, aos 43 da segunda etapa. Já que além do Verdão do Vale ir ao ataque com mais jogadores, o Furacão estava com Felipe, Bady e Douglas Coutinho para iniciar a marcação à frente dos volantes. Mas como nenhum dos três estão apresentando intensidade defensiva para serem titulares, a Chapecoense conseguiu empatar no Willie Davids.

Com as substituições feitas, o Atlético terminou no 4-2-3-1 e a Chapecoense no 4-3-3.



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