4 jul 2014 - 0h09

O mundo na nossa casa

Uma mistura de cores e nacionalidades, torcidas e idiomas. Uma festa mais do que garantida e merecida. Há uma semana, Curitiba se despedida da Copa do Mundo, com o apito final do empate histórico em 1 a 1 entre Argélia e Rússia, que classificou pela primeira vez o clube africano às oitavas de final do Mundial. Era o fim dos quatro jogos, 360 minutos de bola rolando no estádio do Atlético Paranaense para a competição mais importante do futebol mundial. Se a Copa é a “das Copas”, a Arena atleticana foi protagonista principal.

Não por menos, a Fifa e o COL (Comitê Organizador Local) elegeram o estádio curitibano como a melhor infraestrutura da primeira fase da Copa. Um título comemorável pela cidade e motivo de ainda mais orgulho entre os atleticanos. “Era hora de voltar para casa. Nenhum dos dois times era rubro-negro, mas a ansiedade de chegar até a Arena para assistir a um jogo de futebol era a mesma. Talvez, fosse até maior. Eu estava prestes a ver um jogo da Copa, no estádio do meu time! Caminhar algumas quadras para chegar até o estádio só fazia com que o meu coração batesse cada vez mais forte. Chegar em frente à Arena e ver a festa que os torcedores estavam fazendo foi sensacional. Mas, o melhor ainda estava por vir. A nossa casa está muito diferente! Tudo o que existe de mais moderno está ali. Conforto na arquibancada, facilidade para entrar no estádio e a incrível estrutura do teto retrátil que está prestes a ficar pronto. Impossível explicar a emoção do momento. Matei metade de saudade de casa. A outra metade eu mato quando o Atlético estiver em campo”, disse a atleticana Rhuana Ramos.

Argelinos comemoraram a classificação na Arena [foto: Agência de Notícias/Prefeitura]p>


Entre os estrangeiros que visitaram o estádio do Furacão, os elogios eram uma constante. “
Gostamos muito da infraestrutura de Curitiba e do estádio da Baixada”, elogiou o jornalista hondurenho Marlon Mejia, citando também a organização vista em Curitiba durante o Mundial como outro fator positivo. “Nunca vi um estádio tão lindo, é emocionante”, completou o equatoriano Tobias Gonzalez.

A emoção de quem foi aos jogos é refletida em cada palavra ao se lembrar a emoção do primeiro protocolo da Fifa, minutos antes da bola rolar para Irã e Nigéria, dia 16. A festa eufórica dos equatorianos, que viram Honduras marcar o primeiro gol da história da Copa na Arena, mas virou o jogo num empolgante 2 a 1. O orgulho em ver “os melhores do mundo” espanhóis darem seu adeus à Copa justamente em Curitiba, num estádio tomado por australianos e uma vitória irreparável de Iniesta e Cia por 3 a 0. E é claro, a emoção e festa dos argelinos, no empate em 1 a 1 com a Rússia, no mais empolgante e decisivo dos quatro jogos em Curitiba.

Australianos: maior número de visitantes estrangeiros na Arena [foto: Agência de Notícias/Prefeitura]p>


Segundo a Fifa, a Austrália foi o país que mais levou visitantes estrangeiros à Arena da Baixada, cerca de 6 mil. O jornalista O jornalista dos Emirados Árabes, John McAuley, publicou uma reportagem no jornal The National, um dos maiores do país, que descreve Curitiba “como limpa, arborizada e organizada. Todo mundo aqui o recebe com um sorriso amigável, rapidamente seguido por um curioso, mas amável olhar”, disse, desmistificando um pouco o título de “povo reservado” dos curitibanos. E o jornalista J.J. Campos, do diário AS, da Espanha, publicou que “Curitiba nem parece o Brasil”.

A opinião de quem foi lá

Para os atleticanos, que acompanharam de perto cada momento da evolução das obras na Arena, a emoção foi ainda maior. “A experiência de ter ido a dois jogos da Copa em nossa casa foi sensacional. A FIFA com sua organização impecável consegue transformar um Irã x Nigéria em um espetáculo. Se o Atlético tiver aprendido algo, principalmente as experiências do pré-jogo, com os quiosques, mascote, ações de patrocinadores e etc, certamente irá transformar o jogo em algo mais atrativo para os torcedores”, disse o atleticano Eric Franke Serratto, que completou: “A torcida da Argélia nos deu uma amostra de como será realmente um caldeirão quando nossa torcida se inflamar, a acústica é incrível. Outro ponto positivo é a proximidade da arquibancada no campo, se o torcedor for educado o suficiente, será um diferencial gigante. Outro ponto bacana foi a personalização que a FIFA conseguiu dar ao estádio, colocando banners nas arquibancadas, entradas e etc. O Atlético poderia aproveitar o espírito para deixar nossa casa mais rubro-negra”.

No jogo da Espanha, recorde de público no estádio [foto: Agência de Notícias/Prefeitura]p>


Se tudo está lindo no estádio, a expectativa do torcedor é por melhorias num futuro breve. “"Tive o privilégio de assistir três partidas da Copa na nossa Baixada. Bons jogos, com as equipes jogando para vencer, clima nas arquibancadas sensacional, com a presença de muitos estrangeiros animados e com o espírito do Mundial, e o estádio espetacular, muito aconchegante, funcional e moderno. A Baixada está linda, e a tendência é só melhorar com os ajustes que serão feitos e com a presença maciça da nação atleticana na nossa tão esperada volta para casa. É uma pena que a cidade de Curitiba e boa parte dos curitibanos não tenham se preparado adequadamente para o evento, alguns não acreditando que um evento deste porte seria tão bom e outros jogando contra por pura birra e inveja, porque é uma oportunidade única assistir e viver o clima de uma Copa do Mundo”, completou o atleticano Danillo Ribeiro.



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