2 set 2014 - 7h59

Ricardo Pinto: “Na Baixada o calor da torcida é maximizado”

Virar ídolo da torcida numa posição que já foi defendida por ninguém menos que Caju, a Majestade do Arco, não é tarefa fácil. Mas com talento, grandes defesas, participações fundamentais e uma intensa identificação com o clube, Ricardo Pinto provocou idolatria. Afinal, na velha Baixada o coro ecoava: “Êo! Êo! O Ricardo é o terror!”, a cada vez que o camisa um pisava no gramado para o aquecimento no gol dos fundos.

Se a relação de Ricardo com o Atlético e os atleticanos é intensa, ela se materializa com a Baixada. Foi o goleiro quem criou a “campanha dos tijolinhos”, guardando as últimas lembranças da velha Baixada, derrubada em 1997 para dar lugar à moderna Arena. “Foi criado um estigma de que enfrentar o Atlético em casa é muito mais complicado. Isso tem uma explicação, a proximidade e o calor dos torcedores são maximizados com a lembrança de jogar contra alguém em um Caldeirão, isso faz a diferença”, disse em entrevista à Furacao.com.

Igual aos torcedores rubro-negros, o eterno ídolo conta as horas para reencontrar o templo atleticano e revela que pretende ir em breve à Arena. “Infelizmente ainda não tive a chance de conhecer aquilo que representa muito para mim, pois sei que ao menos um grão de areia ajudei a colocar. Estou no Espírito Santo, por conta de problema de saúde da minha mãe, mas a Arena será, se me permitirem, o primeiro lugar a ser visitado quando estiver em Curitiba”, disse.

Confira a entrevista de Ricardo Pinto à Furacao.com, relembrando grandes momentos da Baixada e a relação especial que todos os atleticanos têm com o nosso Caldeirão!

Você fez história no Atlético jogando na Baixada antiga. Para você, o que significa o retorno do Atlético ao Caldeirão?
Ricardo Pinto: Sempre disse que o Grêmio, Inter, São Paulo e muitos outros grandes teriam muito mais chances de serem campeões com seus estádios prontos, porém, jamais imaginei que o Atlético teria essa maravilha à sua disposição. Acredito que em breve o Atlético será referência no Brasileiro e campeão da Libertadores nesse estádio espetacular!

Realmente jogar em casa é um fator a mais para o Atlético na Baixada?
Jogar em casa é importante para qualquer equipe. A diferença é que já foi criado um estigma de que enfrentar o Atlético em casa é muito mais complicado. Isso tem uma explicação, a proximidade e o calor dos torcedores são maximizados com a lembrança de jogar contra alguém em um Caldeirão, isso faz a diferença.

Como você resumiria sua experiência em jogos na Baixada?
Eu sou suspeito de falar sobre a torcida do Atlético, sempre fui muito bem tratado, mas posso dizer que fiz muitos dos meus melhores jogos lá, talvez por conta da confiança que recebia da arquibancada.

Na sua opinião, como é a relação do clube e do torcedor com o estádio?
O torcedor rubro-negro tem orgulho do Joaquim Américo, sente-se dono e isso é exalado no dia do jogo. O estádio passa confiança para a torcida que, por sua vez, transmite isso aos seus representantes em campo.

Qual o seu jogo inesquecível na Baixada?
Por incrível que pareça foi contra o Central de Caruaru no último jogo do Brasileiro da segunda divisão em 1995, quando conquistamos o título da Série B, num jogo memorável e histórico, numa grande festa junto com a torcida para celebrar aquela grande e histórica campanha.

Você chegou a conhecer a nova Arena, nos jogos da Copa? O que achou do estádio?
Infelizmente ainda não tive a chance de conhecer aquilo que representa muito para mim, pois sei que ao menos um grão de areia ajudei a colocar. Estou no Espírito Santo, por conta de problema de saúde da minha mãe, mas a Arena será, se me permitirem, o primeiro lugar a ser visitado quando estiver em Curitiba. Enquanto isso, não perco uma única foto postada, em qualquer lugar por qualquer torcedor. Assim mato minha vontade e a saudade.

Pretende ir a jogos na nova Arena?
Irei a todos que tiver chance, me sinto em casa lá!



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