Análise do jogo: Claudinei mudou, mas Atlético perdeu

Ao se deparar para o jogo contra o líder do Campeonato Brasileiro, Claudinei Oliveira detectou que o Cruzeiro realiza muitos cruzamentos. De fato, contra o Atlético, a Raposa realizou 30 cruzamentos. Para neutralizar este sistema ofensivo azul celeste, o Furacão iniciou com Gustavo, Cleberson e Willian Rocha, porém, mesmo assim, sofreu uma derrota. Para o oitavo revés no Brasileirão, o Furacão começou no 3-4-3 e o Cruzeiro no 4-2-3-1:

Atlético no 3-4-3 e Cruzeiro no 4-2-3-1 [foto: Caio Gondo]

Por ser um esquema tático que Claudinei ainda não havia usado no Atlético, os jogadores sofreram pela falta de entrosamento posicional em campo. Defensivamente, o Furacão se defendia no 5-2-3 de forma compactada e sem deixar espaços para Marcelo Moreno e Julio Bapstista –os principais motivos para a utilização de três zagueiros atleticanos. Porém, aos 26 minutos do primeiro tempo, o gol de Alisson desmoronou toda maneira de atuar que Claudinei havia planejado. Eram necessárias mudanças.

O posicionamento defensivo compactado do Atlético no 5-2-3. [foto: Reprodução Sportv/ PFC]

No 3-4-3, o sistema ofensivo do Atlético não se encontrava em campo. Tanto que até mesmo Claudinei detectou que a falta de precisão nos passes (foram 46 passes errados) e as constantes falhas nas transições ofensivas resultaram em poucas chegadas ao gol do Cruzeiro. Em 45 minutos, o Furacão só finalizou uma vez na meta de Fábio.

No intervalo, Claudinei Oliveira não realizou substituição, mas alterou o esquema tático da equipe. No segundo tempo, o Atlético jogou no 4-2-3-1, assim como na partida contra o Vitória. Neste esquema de jogo, o Furacão apresentou maior percepção de onde estavam os seus jogadores.

O 4-2-3-1 utilizado no início do segundo tempo. [foto: Caio Gondo]

Por usar de um esquema já utilizado, o Atlético apresentou as mesmas falhas de outras partidas: falta de um jogador com presença de área e enorme espaçamento no início da transição ofensiva. Sem conseguir começar as jogadas, sem um jogador como referência na área adversária e diante do líder do Brasileirão, o Furacão sofreu o segundo, aos nove da segunda etapa, e nem sequer chegou ao gol de Fábio no segundo tempo.

As entradas de Sidcley, Mosquito e Hernani pouco alteraram a equipe taticamente e ofensivamente. Do início do segundo tempo até o fim do mesmo, o Atlético jogou no 4-2-3-1, mas o Cruzeiro ganhou mesmo assim.

Fim de partida: Atlético no 4-2-3-1 e Cruzeiro no 4-3-3. [foto: Caio Gondo]