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19 mar 2015 - 14h04

Cadê a tropa de choque?

Vamos aos fatos. MCP poderia ter sido o maior presidente de todos os tempos do Furacão se em 1999 após a inauguração da ARENA ele tivesse saído da ativa. Até ali ele já tinha feito mais do que qualquer um na vida do ATLÉTICO.

No cargo de presidente de fato, ele só foi campeão em 1995. Depois nos outros títulos, ele só participou da diretoria, mas não decidia nada sobre o futebol. Aliás se decidisse, em 2001 Kleber Pereira, Alex Mineiro, Nem e Souza, teriam sido dispensados junto com Mario Sérgio.

Em 1995 o ATLÉTICO estava insolvente, foi notificado para serem cortados telefone, energia elétrica e água. Zraik foi humilde e em nome da instituição, renunciou e a partir daí vimos a revolução que aconteceu.

Agora pergunto? Precisávamos dessa ARENA FIFA? Essa Arena cinza, mal acabada e que nos colocou debaixo de uma dívida gigantesca?

Com MCP nos tornamos um dos clubes mais odiados do Brasil, seja por jogadores, pela mídia e por torcedores adversários e por que?
Pelos jogadores pela imposição de contratos que se não aceitos, eram escorraçados daqui, para brilhar em outros clubes.

Pela mídia com a proibição de adentrar no CT e na Arena.

E pelas torcidas adversárias, porque na realidade para nos tornarmos grandes e respeitados, precisamos ganhar títulos, mas mesmo não ganhando nada, se vendeu uma cultura de gigantismo para a nossa torcida, que é uma das maiores falácias que já se ouviu aqui na terra dos pinheirais. Nos tornamos arrogantes nas mídias sociais, mas em campo o time não ganhava nada…

Agora podemos perder a Arena e o CT, porque não temos dinheiro para cumprir com nossos compromissos.

Ah então vamos dar o calote!? Como ter orgulho de algo que é conquistado assim? Independente do acordo tripartite, poderíamos pagar essa dívida tranquilamente, se tivéssemos 40000 sócios. Mas a elitização fez com que o povão, que seguia o Furacão pela paixão, fosse defenestrado da ARENA e em lugar de torcedores, temos em sua maioria consumidores. E como o produto é ruim, a desassociação é uma realidade quase que diária.

Não me falem do projeto de 10 anos, que se renova a cada nova eleição. Ouço isso desde 1999 e já se vão 16 anos.

Como ser campeão do mundo em 10 anos, com uma dívida astronômica, contratando jogadores medíocres(de graça para tentar fazer dinheiro, mas para quem vai esse dinheiro?) e perdendo os sócios?

Teimosia é a palavra que me vem a cabeça. Queda de braço é outra. Para provar que está certo, insiste num projeto fracassado.

Não ganhamos nada desde 2009 e 2015 parece ser outro ano vazio.

O Sub23 que nesse ano se revelou não ser nenhum projeto, mas uma birra com a FPF, não poderia mesmo dar certo.

Talvez poderia ter dado certo se desde o início, fosse uma mescla de jogadores jovens com um ou dois veteranos para dar sustentação e se trouxesse um treinador experiente que trabalharia tanto o Sub23 como o titular para a Copa do Brasil e Brasileiro.

Em qualquer empresa(já que o Atlético é tratado assim), de maneira nenhuma forma-se uma equipe de estagiários para em nome dessa empresa atender clientes importantes. Pelo contrário, escolhem-se os melhores profissionais e permite-se que estagiários participem

como assistentes, para aprenderem e adquirirem experiência.
Mas atrás dos muros do CT, o famigerado DIF, está empilhando jogadores e insiste-se com jogadores que em 1980 quando disputamos o Torneio da Morte, não sentariam nem no banco desse time:
Roberto, Lotti, Lazinho, Eraldo e Augusto; Carlos Alberto Rodrigues, Flavinho e Nivaldo: Catini, Arlindo e Evans.

Qual desses jogadores que hoje vestem nosso manto jogariam nesse time? Weverton, Gustavo, Deivid seriam banco e olha lá.

Léo Pereira, Cléberson, Natanael, Hernani, Guilherme Batata, Marmentini, Marcos Guilherme não entrariam para dentro do alambrado e no máximo bateriam palmas do lado de fora. Para quem não sabe, disputaram 12 times o torneio da morte em 1980, quatro se salvariam e 8 cairiam. Ganhamos, se é que se pode usar essa palavra, mas passamos por muitas emoções e o time comeu grama, jogou com vontade na velha Baixada para diminuir o vexame.

Hoje ao invés de garra em campo, só vemos uma marra que não cabe em piás que não ganharam nada. Chuteiras coloridas, cabelos estilosos, gola levantada, andar de malandro, mas futebol que é bom, nada…

Por mim eu faria uma limpa…dispensaria no mínimo uns 80 jogadores dos quase 100 que temos e com a grana economizada, poderia trazer uns 5 que jogassem mesmo.

Ah mas aí eu arrumaria uma briga com empresários que trazem jogadores ridículos para esquentar o curriculum aqui no Furacão. Ah e eu arrumaria uma briga com diretores que tem fatias de alguns jogadores.

Ética zero!! Não posso concordar que pessoas que participam com cargos no clube, vender, negociar, emprestar ou lucrar seja em qualquer tipo de negócio. Quer fazer negócios com o Clube, entregue seu cargo e entre na fila em condições de igualdade com outros fornecedores.

Também faria uma limpa nos funcionários que ganhassem muito e não dessem resultado. Pergunta que não quer calar…para que serve o departamento de marketing? Qual ação efetiva ele realiza? Cadê o naming rights, os shows, um patrocínio máster, promoções?

Também faria um pacto com a torcida para que ela se associasse e nos ajudasse, poderíamos montar uma equipe mais competitiva e assim também ajudaria a pagar a ARENA.

Mas a página do dicionário onde está escrita a palavra humildade, parece que foi arrancada.

Reconhecer o fracasso do projeto, abrir a caixa preta das dívidas e das negociações de jogadores, nem nas 1001 noites.

Construir e não pagar, isso não precisa ser gênio, basta ser apenas caloteiro. Me lembra a crise mundial de 2008, onde muitos diretores de bancos norte-americanos receberam bônus milionários após serem responsáveis por um dos maiores calotes financeiros nos EUA.

Quem ganhou em toda essa história? Alguém certamente ganhou, mas a dívida ficou para o Atlético. Se MCP sair no final do ano, ele se responsabilizará pela dívida que ele contraiu em nome da Instituição?

Ou o Atlético vai ficar com o pepino na mão, talvez quebrar e acabar? Existe alguém de coragem para assumir o Clube e administrar essa bomba relógio?
A ficha tem que cair. Tem que acabar essa divisão dentro do Clube. Se o MCP é Atleticano mesmo, cabe a ele chamar os cardeais e aqueles que fizeram parte da recente história vencedora e juntos buscarem uma solução.

O que não pode continuar é essa briga de poder e de provar quem está com a razão.

A hora é de união e reconhecimento que o projeto não deu certo. Chega de idolatrar um homem e deixar o Clube de lado.

Somos Clube Atlético Paranaense ou clube atlético petraglia?

Somos Rubro-Negros ou um pálido cinza?

Somos o Furacão ou nos tornaremos um paranazinho quebrado?

Como seremos campeões mundiais se não temos capacidade nem para ganhar o rural?

Acorda povo ATLETICANO, acorda tropa de choque ou vocês estão esperando uma vitória para aparecer aqui e me chamar de arauto do apocalipse, coxinha, asa negra, que não teve paciência para esperar o time se acertar…

Enquanto isso com o CT do Cajú e com a ARENA, nossa história dentro de campo vai sendo enxovalhada com derrotas para os poderosos Rio Branco, coritiba, Foz, Operário e Maringá…



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