Caio Gondo

Novo técnico, novas táticas. Apesar de o raciocínio ser naturalmente pensado quando se troca o treinador de um time, os torcedores do Rubro-Negro não terão tantas mudanças com o trabalho de Milton Mendes.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, o novo comandante atleticano afirmou: "A instituição tem um esquema tático dela (…) Cheguei e a equipe vinha jogando no 4-2-3-1. É um modelo que eu gosto e instituído pelo clube. É por aí que nós vamos trabalhar."

Uma vez declarada essa posição do Atlético em relação ao esquema tático imposto aos seus técnicos, nota-se que, de fato, o 4-2-3-1 foi utilizado na maioria das vezes durante o mandato da atual diretoria rubro-negra. Dos 11 treinadores que trabalharam no elenco principal desde 2012, Juan Ramón Carrasco, Jorginho, Ricardo Drubscky, Doriva, Claudinei Oliveira e Enderson Moreira utilizaram constantemente desse esquema durante suas passagens pelo Atlético.

Por outro lado, Vagner Mancini e Miguel Ángel Portugal utilizavam disfarçadamente o 4-2-3-1. O primeiro, durante sua passagem por 2013, usava do 4-2-3-1 somente em situação ofensiva, já que Marcelo e Éverton atacavam abertos. Mas, ao se defender, a equipe de Mancini se posicionava no 4-3-1-2. Ao contrário, o time do treinador espanhol se defendia no 4-2-3-1 e atacava no 4-4-2, em linha.

Já os técnicos interinos, Alberto Valentim e Leandro Ávila, não apresentaram uma preferência de esquema tático em suas equipes. Valentim iniciou o seu único jogo como comandante do Rubro-Negro no 4-3-2-1, mas alterou no decorrer da partida para o 4-3-1-2. Ávila, por sua vez, variou em diversos posicionamentos nas partidas em que comandou a equipe atleticana em 2014: 4-3-1-2, 4-2-2-2, 4-2-3-1 e 4-3-3.