Em 40 anos de futebol eu não posso acreditar que um bom jogador só consiga jogar bola no futebol de base.

O que falta no futebol profissional, e isso ficou bem evidente contra o fraco time do Nacional, é que os poucos bons jogadores das categorias de base ainda não têm estrutura para brilhar na equipe profissional.

Não é nem a questão da cobrança mas sim de saber orientar as promessas da base.

O que jogou Bruno Mota, Nikão, João alguma coisa, Breno e principalmente Crysan, mostra que falta a esses rapazes uma melhor orientação do Clube Atlético Paranaense para que esses venham a jogar o que sabem jogar no profissional.

Quando o jogador é bom, quando ele é craque, ele vai jogar 90% bem contra qualquer time em qualquer campeonato. Seja contra um medíocre Nacional ou contra um flamídia da vida.

Quando se tem um orientador como o Marcão, Sicupira, Antônio Clemente, entre outros que conheci, basta uma única conversa do tipo: “Crysan, vai pra cima dos caras, Bruno, joga o que você sabe, não tenha medo de errar, o meia esquerda muitas vezes precisa errar quatro vezes para na quinta vez acertar o passe e deixar o atacante na cara do gol para decidir a partida.”

O Atlético Paranaense deveria ter alguém que seja atleticano e que entenda de futebol para ajudar esses rapazes a jogarem o que sabem. Pois basta chegar no time de cima que aí se misturam com as demais feridas do time, se perdem e se apagam no jogo.

Concordo que ultimamente estamos produzindo muitos jogadores da base fracos, jogadores para o mercado da China, Índia e EUA. Mas também tem outros excelentes jogadores que têm totais chances de virar ídolos aqui mesmo.

Só alguns exemplos: Hernani, Otávio, Crysan, Breno, Marcão (zagueiro), até o próprio Cleberson. Porém, repito, o que falta para esses jogadores é orientação de jogadores, de atleticanos e de bons treinadores como Muricy Ramalho e Luxemburgo.

Imagine você pronto pra explodir na carreira, mas quem te orienta é um Milton Mendes da vida. Aí é de chorar! Por isso o Petraglia há uns quatro anos disse na Rádio CAP: “Não entendo por que jogadores passam por aqui e não dão certo e vão para outro clube dar certo.” Exemplos: Cristian e Jorgue Henrique, entre tantos outros.

Tá aí a resposta: ORIENTAÇÃO e história do clube para saberem em que time estão jogando.

O Atlético Paranaense tem jeito, falta para com ele é: AMOR, CARINHO E DEDICAÇÃO, conhecimento de futebol para fazer a coisa acontecer.

Coisa que sinceramente não vejo já há muuuuuuuuito tempo.

SRN.